Apuração que define a campeã do carnaval carioca de 2024 acontece nesta quarta-feira
A definição da escola campeã do carnaval carioca de 2024 acontece nesta Quarta-Feira de Cinzas (14). A apuração das notas começa às 16h, com uma novidade: não será mais na Praça da Apoteose, mudando para a Cidade do Samba. Ainda hoje, por volta das 20h, também será realizada a apuração da Série Ouro.
Ao todo, 12 escolas de samba disputam para saber qual fez o melhor desfile de 2024: Porto da Pedra; Beija-Flor; Salgueiro; Grande Rio; Unidos da Tijuca; Imperatriz; Mocidade; Portela; Vila Isabel; Mangueira; Paraíso do Tuiuti e Viradouro.
Por volta de 12h, haverá o sorteio da ordem dos quesitos, que tantas vezes deu o título na sorte a uma escola. O último a ser lido será o primeiro no critério de desempate.
Só haverá empate, aliás, se duas ou mais escolas obtiverem os mesmos subtotais das notas válidas nos 9 quesitos — algo que não acontece desde 1998, quando Beija-Flor e Mangueira dividiram a taça. Das 4 notas de cada quesito, a menor será descartada.
O avaliador concede entre 9 e 10 pontos, podendo fracioná-los em décimos (9,1; 9,2; 9,3…), devendo justificar sempre que não der a nota máxima — idealmente, o jurado precisa apontar especificamente onde e quando viu a falha.
O que cada quesito julga
- Alegorias e adereços: é dividido nos subquesitos concepção e realização. No primeiro, avaliam-se a adequação dos itens ao enredo e a criatividade, desde que haja significado. No segundo, valem a impressão causada pelas formas, materiais e cores, o acabamento (inclusive das partes traseiras e geradores) e o papel e a fantasia dos destaques. Perde pontos a escola que deixar pedaços de fantasias, materiais estranhos ou geradores aparentes.
- Bateria: a manutenção regular e a sustentação da cadência em consonância com o samba-enredo; a perfeita conjugação dos sons emitidos pelos vários instrumentos; e a criatividade e a versatilidade.
- Comissão de Frente: em indumentária, a capacidade de impactar o público. Em apresentação, se o saudaram e se foram coordenados e síncronos. Perde ponto a comissão que perder parte da roupa.
- Enredo: em concepção, valem o argumento, o desenvolvimento a importância e a densidade cultural. O jurado avalia a clareza, a coerência e a coesão na roteirização do desfile, de modo a facilitar o entendimento do tema. Também conta pontos a criatividade no enfoque ou “recorte” escolhido. Em realização, é vista a adaptação do conceito para o que é apresentado na Avenida, como a sequência das alas e alegorias, a criatividade e a carnavalização do tema proposto. Perde pontos a escola que não apresentar na pista alegorias, tripés ou alas descritos no roteiro. Itens a mais ou trocados também geram punição.
- Evolução: é a fluência da apresentação. O julgador avalia a espontaneidade, a criatividade, a empolgação e a vibração dos desfilantes, bem como a coesão do desfile —a manutenção de espaçamento o mais uniforme possível entre alas e alegorias. Perde pontos a escola que deixar buracos ou permitir que alas se misturem.
- Fantasias: em concepção, a adequação ao enredo e a criatividade. Em realização, a impressão causada pelas formas, materiais e cores; o acabamento e a leveza; e a uniformidade de detalhes. Perde ponto a escola com desfilantes com roupas incompletas.
- Harmonia: é o entrosamento entre o ritmo e o canto, e o avaliador deve estar atento à perfeita igualdade do canto do samba-enredo pelos componentes, em consonância com o intérprete e a manutenção da tonalidade; há punição se qualquer integrante for flagrado sem cantar.
- Mestre-sala e Porta-bandeira: contam pontos a roupa, o bailado, a harmonia do casal e a proteção do pavilhão. Perde ponto a dupla que deixar a bandeira enrolar ou que perder parte da fantasia.
- Samba-enredo: para a letra, adequação ao enredo, a riqueza poética, beleza e bom gosto e à adaptação dos versos com os desenhos melódicos. Para a melodia, as características rítmicas, a riqueza, a beleza e o bom gosto e a capacidade de facilitar o canto e a dança dos desfilantes.
*As informações são do portal g1