
Aprovado em concurso público da Prefeitura diz que vagas não foram preenchidas
Um inspetor, aprovado no concurso público realizado pela Prefeitura Municipal no ano de 2011, para secretário escolar, reclama que das 38 vagas imediatas sinalizadas na chamada para o cargo foram preenchidas apenas seis. Após quatro anos, os cargos não foram preenchidos e dois problemas preocupam os aprovados. O concurso já teve o prazo de validade prorrogado por dois anos e caduca irreversivelmente agora em maio e o outro fator são as vagas ocupadas por professores com desvio de função.
Carlos Alberto Pereira de Souza mora em Xerém e é concursado para o cargo de inspetor há 16 anos. Ele trabalha na Escola Municipal Pedro Amado, no Meio da Serra, e realizou o concurso em 12 de abril. “Não sei por que não me chamaram, está parado na sexta colocação há muito tempo”. Classificado em sétimo lugar, ele perdeu colocação com a contagem de títulos e ocupa agora a nona posição. “O prazo foi prorrogado para mais dois anos e estive várias vezes na Secretaria de Educação para cobrar e lá me dizem que é de competência dos recursos humanos, porém, quando ligo para lá, falam que é na Secretaria de Educação”, fala.
Outro problema que implica na chamada dos aprovados são os professores que exercem funções desviadas. “Eles ocupam vagas que seriam nossas. O prefeito não está atendendo a lei de chamada. Estou recorrendo a todos os meios porque não posso abrir mão de uma coisa que é minha por direito. Acabei de vir da defensoria e é uma situação complicada, pois é uma vaga que eu conquistei e não posso perder”, afirma.
De acordo com a coordenadora geral do Sepe Petrópolis, Rose Silveira, o sindicato entrou com uma ação civil pública exigindo a chamada das vagas iniciais. “Estamos solicitando que haja medida cautelar ou liminar para que sejam convocadas e para as demais que sejam comprovadas carência. O que vemos é a falta de planejamento por parte do governo que não sabe da sua real carência”, aponta.