• Após tiroteio, comerciantes da 13 de maio pedem reforço no policiamento da via

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  • 16/05/2019 10:24

    O tiroteio na Rua 13 de Maio e Avenida Koeler, no Centro Histórico, ocorrido na última sexta-feira, e que deixou uma jovem, de 19 anos, ferida na perna, foi discutido na reunião do Conselho Municipal de Segurança na noite da última segunda-feira. Os empresários pediram mais patrulhamento na rua, principalmente às sextas-feiras, quando a concentração de pessoas é maior. Em entrevista à Tribuna, o comandante do 26º BPM, tenente-coronel Marcelo Bernardo, disse que não há efetivo suficiente para manter uma viatura no local. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos do crime na Rua 13 de Maio já foram identificados e possuem anotações criminais.  

    Leia também: Após tiros na Rua 13 de Maio e Av. Koeler, Polícia Civil interdita boate

    “Acho que a principal medida seria aumentar o patrulhamento na rua, algo mais ostensivo. Já estamos recebendo várias reclamações de clientes com relação à segurança, principalmente, às sextas quando o movimento aumenta bastante na rua. Se tivermos uma viatura circulando pelas ruas melhoraria bastante”, disse o empresário Augusto Pellegrini, que participou da reunião do Conselho Municipal de Segurança.

    O empresário disse que irá se reunir com os outros comerciantes e que estão dispostos a formar um grupo para “fortalecer” a rua assim como é feito na 16 de Março. “O que for preciso fazer nós faremos, assim como os empresários da 16 de Março se reuniram e conseguiram colocar a guarita lá nós também podemos fazer o mesmo aqui”, comentou.

    Augusto também pretende se reunir com o comandante do 26º Batalhão da Polícia Militar. “Temos várias ideias e também estamos dispostos a ouvir as ideias dele e de todos da Secretaria de Segurança para evitar que episódios como aquele se repitam e se tornem algo frequente”, ressaltou o empresário. 

    Em entrevista, o tenente-coronel Marcelo Bernardo disse que não há efetivo para manter uma viatura na rua, mas informou que irá intensificar o policiamento na região. “O que precisa ter lá é fiscalização nos bares, com um choque de ordem. A polícia já faz o patrulhamento e não há como colocar uma viatura lá por causa dos bares”, ressaltou o comandante.

    O motorista de ônibus Freddy Barcellos, de 55 anos, passa pela rua todos os dias principalmente no período da noite. Segundo ele, trafegar pela região é “estressante”. “É muito tumulto na rua, tem dias que é bem estressante passar por ali. Acho que deveriam fiscalizar os bares, em pouco tempo surgiram vários não é possível que todos sejam legalizados”, disse o motorista. 

    O tiroteio está sendo investigado pela 105ª Delegacia de Polícia (DP), no Retiro, e até o momento os dois rapazes que efetuaram os disparos ainda não foram presos. Os suspeitos estavam dentro da boate Eclipse e, por volta das 4h da manhã, iniciaram o tiroteio do lado de fora da casa noturna. As imagens das câmeras de segurança mostram a dupla em uma moto atirando contra a boate e um grupo de pessoas que estavam em bares próximos. Eles seguem pela 13 de Maio até a Avenida Koeler quando atingem uma menina que estava com um grupo de amigas na calçada. 

    Na hora do tiroteio, boa parte dos bares já estavam fechados, mas é possível ver ainda uma grande concentração de jovens na rua. Segundo o delegado titular da 105ª DP, Claudio Batista, a briga começou dentro da boate. Ainda não se sabe se eles entraram armados na casa noturna ou se quando saíram foram buscar a arma. A Eclipse foi interditada pela polícia no sábado. O local não conta com alvarás da Prefeitura e nem do Corpo de Bombeiros. 

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