• Após ruídos, Biden diz que não fez ameaça de veto a pacote bipartidário

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  • 26/06/2021 21:54
    Por Iander Porcella / Estadão

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou neste sábado que não ameaçou vetar o pacote de infraestrutura que faz parte de um acordo fechado nesta semana com os republicanos. Em coletiva de imprensa após anunciar que a oposição havia apoiado sua proposta de investimentos em obras, o chefe da Casa Branca deu a entender que só assinaria o projeto bipartidário se o Congresso também aprovasse um outro pacote, mais abrangente, que seria patrocinado apenas pelos democratas.

    “Essa declaração incomodou compreensivelmente alguns republicanos, que não consideram os dois planos vinculados; eles esperam derrotar meu Plano das Famílias”, escreveu Biden em uma nota divulgada hoje. “Meus comentários também criaram a impressão de que eu estava emitindo uma ameaça de veto exatamente sobre o plano com o qual acabara de concordar, o que certamente não era minha intenção”, acrescentou.

    Na quinta-feira, 24, Biden anunciou o pacto com os republicanos por um pacote de infraestrutura que pode totalizar US$ 1,2 trilhão ao longo dos próximos anos. Após a repercussão das declarações do mandatário que sugeriram a vinculação entre os dois projetos, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o acordo com a oposição não estava “em risco”.

    O pacote mais abrangente é uma exigência da ala mais à esquerda do Partido Democrata, liderada pela deputada Alexandria Ocasio-Cortez. “Alguns outros democratas disseram que podem se opor ao Plano de Infraestrutura porque ele omite itens que eles consideram importantes: isso é um erro, a meu ver. Alguns republicanos agora dizem que podem se opor ao plano de infraestrutura porque também estou tentando aprovar o Plano das Famílias Americanas: isso também é um erro, na minha opinião”, escreveu o presidente americano na nota.

    Biden frisou ainda que o acordo bipartidário não impede que os republicanos tentem barrar o pacote democrata no Congresso. Mas ele também disse que se esforçará para aprovar a proposta. “Vamos deixar o povo americano – e o Congresso – decidir.”

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