14/02/2022 09:44
Foi longa a espera, mas nesta segunda-feira (14), depois de 701 dias, as aulas presenciais na rede municipal de ensino foram retomadas em Petrópolis. A interrupção aconteceu no dia 13 de março de 2020 quando a Prefeitura decidiu pelo fechamento das unidades escolares da cidade, dois dias depois da Organização Mundial da Saúde decretar a pandemia da Covid-19. Nesse período, as aulas ocorreram de forma remota ou mesmo híbrida em alguns momentos, com parte dos estudantes frequentando as salas. Um retorno que acontece após a vacinação de parte dos adolescentes e menos de um mês depois do início da imunização para o coronavírus das crianças de 5 a 11 anos.
O retorno presencial vem sendo acompanhado pela Vara da Infância e pelo Ministério Público e segue uma série de protocolos sanitários. Segundo a Prefeitura, as escolas foram preparadas para receber os alunos e profissionais da educação de forma segura. Um dos argumentos é de que Petrópolis tem hoje 35% (de um público estimado de 26 mil) das crianças entre 5 e 11 que já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19.
Um debate que chegou a ser levantado foi a obrigatoriedade da vacina para frequentar as aulas presenciais. A Prefeitura publicou um decreto exigindo o comprovante, mas uma ação do Ministério Público do Rio de Janeiro – MPRJ esclareceu que há a obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacinação, mas que, no entanto, a não apresentação não pode impedir o cadastro do aluno na unidade escolar ou mesmo que ele frequente as aulas. Cabe lembrar que os órgãos tutelares e a Vara da Infância serão informados sobre a falta de comprovação, como especifica o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.
Em seguida, o município divulgou que faria uma busca ativa dos estudantes de 12 a 18 anos, nas unidades de saúde dos bairros. Segundo informações do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação – SEPE/RJ, hoje, 95% dos profissionais do setor já tomaram ao menos duas doses do ciclo vacinal.
Protocolos
Entre as medidas adotadas na volta às aulas está o uso de máscaras. Os alunos e profissionais de Educação deverão usar máscaras o tempo todo, de forma correta cobrindo o nariz e boca. Além disso, o uso do álcool em gel 70% também fará parte da rotina dos estudantes e dos profissionais. Os higienizantes estarão disponíveis nas unidades, assim como pias e sabonetes para garantir a higienização das mãos. Ainda de acordo com o município, a aferição da temperatura antes de acessar as escolas e o distanciamento social também estão entre os protocolos a serem seguidos.
Suspensão das aulas
A Vara da Infância e da Juventude e o Ministério Público determinaram que as aulas presenciais devem ser suspensas apenas se a cidade chegar na bandeira roxa da matriz de risco.
Apenas uma escola continuará em aula remota
A Escola Municipal Celina Schechner, em Itaipava, não retornou presencialmente hoje. Isso porque a unidade está passando por reforma o que impossibilita que os estudantes tenham aulas presenciais. Na unidade são 300 alunos, que vão receber o Cartão Imperial enquanto estão em aulas remotas. Segundo a prefeitura, será concedido aos estudantes um crédito de R$70 para complementar a alimentação, uma vez que as atividades irão acontecer ainda de forma online. A previsão é que os alunos sejam realocados para um imóvel que será alugado pela Secretaria de Educação, dentro de um período de 30 dias. Quando os estudantes forem realocados, as aulas presenciais serão retomadas.