• Após ‘noites sem dormir’, Otero diz que sonha em disputar a Série A pelo Santos

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  • 17/nov 22:00
    Por Estadão

    Um dos destaques do Santos na campanha do título da Série B do Campeonato Brasileiro e um dos atletas mais festejados pelos torcedores santistas, o meia-atacante Otero comemorou o retorno do clube à elite do futebol nacional. O venezuelano, que também recuperou o bom futebol após ter sido contratado sob desconfiança no início do ano, disse que gostaria de permanecer na Baixada para defender a equipe também na divisão principal.

    “Seria um sonho jogar a Série A pelo Santos”, afirmou Otero. “Mas, se for para ir embora, vou realizado porque ajudei o Santos a voltar para a elite”, comentou o atleta durante a festa do título, relembrando que houve momentos turbulentos na campanha que culminou no acesso e no décimo título nacional do clube, oito vezes campeão da Série A e uma da Copa do Brasil.

    “Vim com o propósito de fazer de tudo para ajudar o Santos a voltar à Série A. Estou feliz por ter conseguido e agora é comemorar. Foram muitas noites sem dormir, mas teve também a noite maravilhosa do acesso, em Curitiba, e esta do título”, comentou o venezuelano. “Só tenho a agradecer a Deus e aos meus companheiros. Começamos o ano desacreditados, traçamos um objetivo e o atingimos.”

    Um dos poucos remanescentes da queda santista no Brasileiro de 2023, o goleiro João Paulo relembrou os momentos turbulentos que sucederam a derrota para o Fortaleza e a volta por cima dos que permaneceram no clube. “O ano passado foi muito difícil. Quem permaneceu sabia da responsabilidade de colocar o clube de volta à primeira divisão. Atletas como o Rincón e o Basso foram homens de permanecer aqui, não é para qualquer um. Que o ano que vem seja de vitórias para o Santos”, disse João Paulo, que não atua desde maio, quando fraturou o tornozelo esquerdo e precisou passar por cirurgia.

    O experiente Giuliano, que usou a camisa 20, já que a 10, que foi do Pelé, só voltará a ser usada em 2025, também ressaltou a opção dos atletas em defender o Santos na Série B e que agora colhem os frutos com a conquista. “Escolhemos estar aqui para fazer parte quando muita gente recusou, então temos que comemorar. Sabemos as dificuldades que enfrentamos, mas cumprimos nosso propósito. É um título importante para nós e cada um que fez parte desse processo está de parabéns”, disse.

    O zagueiro Gil, por sua vez, afirmou estar feliz por fazer parte da história do Santos. O jogador, que já foi convencido a adiar a aposentadoria para defender o time da Baixada neste ano, demonstrou um carinho especial pelos atuais companheiros e que seu futuro ainda é incerto. “Desde o jogo com o Avaí estou vivendo cada jogo com uma emoção especial. Perdi a minha vó na véspera daquele jogo e fui muito bem acolhido no clube”, lembrou. “O futuro a Deus pertence. Vamos ver o que vai acontecer, sentar e conversar e ver o que vai acontecer.”

    Apesar da alegria entre os jogadores, um clima de hostilidade prevaleceu nas arquibancadas. Diego Pituca levantou o troféu de campeão sob tímidos aplausos e algumas vaias entre os torcedores que permaneceram – boa parte dos 16 mil torcedores que presenciaram a derrota para o CRB, neste domingo, deixaram a Vila Belmiro antes da cerimônia de premiação.

    “A torcida está no direito dela. Se quiser comemorar, tudo bem, senão, tudo bem também. Eles pagaram o ingresso e decidem. A gente comemora. Sabemos da dificuldade que passamos, e quem quiser comemorar junto, comemora”, afirmou o capitão Diego Pituca. “Queríamos terminar ganhando, não conseguimos, mas não apaga o que fizemos no campeonato.”

    O Santos ainda terá mais um compromisso pela frente, contra o Sport, no Recife. A partida será realizada no próximo domingo, às 18h30.

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