Após máximas históricas, Ibovespa inicia semana em leve baixa, com feriado em NY
Com volume financeiro muito enfraquecido pelo feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, sem negócios em Nova York, o Ibovespa iniciou setembro em leve baixa, após a renovação de máximas históricas no intradia e em fechamento na semana passada. Nesta segunda-feira, 1º de setembro, oscilou dos 140.878,30 aos 141.949,94 pontos, saindo de abertura aos 141.423,06 pontos. Ao fim, marcava perda de 0,10%, aos 141.283,01 pontos, com giro a R$ 12,0 bilhões. No ano, o índice da B3 sobe 17,46%.
Na ponta ganhadora, destaque nesta segunda-feira para Raízen (+5,98%), Cosan (+3,42%) e Fleury (+3,22%). No lado oposto, Auren (-3,04%), Vamos (-3,00%) e Braskem (-2,88%). Entre as blue chips, Vale subiu hoje 0,07%, na máxima do dia no fechamento, enquanto Petrobras teve desempenho misto, em leve alta de 0,23% na PN e em baixa de 0,44% na ON. Os grandes bancos também trabalharam sem direção única, com variações entre -1,40% (BB ON) e +0,81% (Itaú PN), majoritariamente em baixa no encerramento.
“O Ibovespa abriu no campo positivo repercutindo as consecutivas reduções, no Boletim Focus, das projeções do mercado sobre a inflação, o que corrobora a expectativa por Selic mais baixa adiante”, diz Felipe Paletta, estrategista da EQI Research. “Mas após um desempenho muito bom na semana passada para a Bolsa, e de notícias marginalmente mais negativas sobre a economia chinesa no fim de semana, veio alguma aversão a risco, com o Ibovespa em compasso de espera, hoje, lateralizado e com liquidez reduzida pelo feriado nos Estados Unidos.”
Além da agenda econômica da semana, com destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, ele chama atenção, também, para o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF). O assunto tem sido acompanhado de perto pelo governo dos EUA, na atual disputa comercial e diplomática com o Brasil, em especial desde o tarifaço anunciado em 9 de julho.
Quanto ao PIB, observa o estrategista, a leitura será importante para tomar o pulso da atividade econômica doméstica, tendo em vista a expectativa de que juros mais baixos nos EUA – caso a redução de fato venha a ser efetivada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em setembro – reforçam a tese de antecipação do ciclo de corte da Selic, do primeiro trimestre de 2026 para, possivelmente, o último mês de 2025.