• Após crime, clientes encontram loja de roupas de festa vazia

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  • 25/01/2020 18:20

    O sonho de realizar a festa de 15 anos quase foi por água abaixo na manhã de ontem, quando a adolescente Mayara Gonçalves do Rosário foi até a loja Hadarah Noivas no Alto da Serra experimentar o vestido. O estabelecimento estava fechado e não havia uma única peça de roupa no local. A loja pertencia ao comerciante Enio Márcio Silveira, de 38 anos, assassinato com três tiros quando saía de casa, no dia 19 de dezembro do ano passado, no Cremerie. A viúva de Enio é apontada pela Polícia Civil (PC) como a mandante do crime junto com o amante. Ela, o homem e uma outra pessoa (que teria feito os disparos) foram presos na semana passada. Todos negam o crime.

    A prisão é temporária de 30 dias e até lá as investigações continuam. Para a polícia, a mulher e o amante planejaram o assassinato para ficar com o dinheiro de Enio. A tia da adolescente, Monique Aparecida Gonçalves, de 40 anos, pagou R$ 700 por dois vestidos que a sobrinha usaria na festa de 15 anos que acontece hoje (25), na Casa de Portugal. “Não sabíamos que essa confusão toda tinha sido lá. Tudo estava funcionamento normalmente até ontem (hoje) quando minha sobrinha foi lá pegar os vestidos e encontrou a loja vazia e fechada. Fiquei sem chão quando ela me contou”, disse Monique. Ela disse que comprou os vestidos em novembro e desde então a menina vem fazendo as provas. Segundo ela, esta semana ligaram informando que poderia pegar as peças que já estavam prontas.

    “A primeira vez que fui lá a dona que atendeu. Depois voltamos lá, já depois do crime, e uma funcionária que atendia. Mas nada foi dito, tudo estava normal”, contou a tia. Para que a sobrinha não ficasse sem um vestido especial na festa de 15 anos, Monique pegou dinheiro emprestado para alugar outra roupa para Mayara. “Está uma correria hoje (ontem) resolvendo toda essa questão que já estava decidida. O que mais estranho é que a loja estava funcionando normalmente. Marcaram data para pegar o vestido e de uma hora para outra fazem isso. Uma total falta de respeito com os clientes”, lamentou Monique.

    A Tribuna esteve no local na manhã de ontem e encontrou a loja fechada e sem nenhuma peça exposta. A equipe também tentou contato pelo telefone disponível no site, mas as ligações não completaram.

    O crime – Enio Márcio Silveira estava dentro do carro da família, no Cremerie, saindo de casa quando foi morto com tiros na cabeça e no abdômen após ser abordado por dois homens que estavam em uma motocicleta. A mulher estava com ele na hora do crime. O comerciante morreu na hora e a suspeita da polícia, no primeiro momento, era de latrocínio – roubo seguido de morte. Os dois criminosos fugiram em seguida levando o telefone celular e a carteira do comerciante. Segundo investigadores, as suspeitas sobre a mulher surgiram após a polícia identificar, com a ajuda de imagens de câmeras segurança, a motocicleta usada no crime. A polícia conseguiu refazer o trajeto deles e identificou os suspeitos. Um dos criminosos ainda estava com o telefone celular da vítima. Segundo os investigadores, ele é conhecido do amante da mulher.

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