• Após chamamento público feito pela Prefeitura, nenhum hospital manifesta interesse em realizar cirurgias ortopédicas em Petrópolis

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  • 221 pessoas aguardam na fila para realização dos procedimentos cirúrgicos

    14/10/2023 08:37
    Por Maria Julia Souza

    A Prefeitura de Petrópolis tentou realizar, no mês passado, um chamamento público para a contratação de procedimentos de cirurgia ortopédica, mas nenhum hospital manifestou interesse no certame. Na primeira tentativa, em julho, o município suspendeu o processo licitatório, alegando questões administrativas. Dessa vez, o valor estimado para a contratação era de R$ 2,2 milhões. 

    Em junho, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve uma decisão que determinava que a Secretaria de Saúde do município adotasse medidas para a redução da fila de espera de pacientes que, há anos, aguardam a realização de cirurgias ortopédicas e traumatológicas. Até a última atualização da pasta, 221 pessoas ainda aguardavam pelos procedimentos, sendo duas delas de 2019 e quatro de 2020. 

    Segundo o edital, o complemento do serviço de cirurgias ortopédicas pretendia “ampliar a disponibilidade dos mesmos, e assegurar um atendimento humanizado, em tempo adequado, na integralidade, valendo-se da garantia de preservação do interesse dos usuários da Rede Pública”, informou o documento. 

    Audiência foi realizada na 4ª Vara Cível

    No mês passado, representantes da Secretaria Municipal de Saúde e do Hospital Santa Teresa (HST) se reuniram para uma audiência na 4ª Vara Cível da Comarca de Petrópolis, sobre a fila de espera para os procedimentos realizados na unidade, através do Sistema Único de Saúde (SUS). 

    Na ocasião, o hospital informou que o SUS é responsável por 35% dos atendimentos realizados na unidade, e que cerca de três mil pacientes são operados anualmente, sendo realizados, em média, de cinco a sete cirurgias por dia, de pacientes vindos do Hospital Municipal Nelson de Sá Earp.

    Ainda durante a audiência, a gerente jurídica do HST informou que a dívida da Prefeitura com a unidade de saúde chega a R$ 1,6 milhão e que o convênio atual, válido até o dia 31 deste mês, possui um déficit de R$ 2,5 milhões.

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