• Após 21 anos de sua morte, Baden Powell permanece atual

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  • 29/10/2021 07:01
    Por Matheus Mans, especial para o Eestadão / Estadão

    Uma coisa que é frequentemente discutida em shows de tributo é: como manter a essência do artista homenageado, mas ainda trazer algo de novo? Como conquistar novas e antigas audiências? Marcel Powell, na entrevista ao Estadão, em momento algum fala de pureza nos arranjos ou que deseja tocar nos palcos como o pai tocava na década de 1960. O estilo percussionista do compositor está presente, assim como a raiz do afro-samba. No entanto, Armandinho Macêdo entra de bandolim e guitarra elétrica, com sua toada de trio, forjada na história que ele teve com seu pai, Osmar, e Dodô – os pais dos trios elétricos.

    “Música parada é música morta. Música que não evolui, que não anda, é música morta. E o bom de músicas originais assim é esse caráter camaleônico que vai se adaptando”, comenta Marcel. “Como é ter a linguagem dos trios elétricos na música do meu pai? Queria que as pessoas enxergassem a linguagem do Armandinho na música do meu pai.”

    Armandinho complementa, afirmando que a música de Baden é atual por si só. “Baden implementou uma forma de violão, que é o jeito brasileiro de tocar. Ele se juntou com Vinicius e Tom, a mesma relação que tive com Moraes Moreira. Isso tem toda a coisa musical muito forte. Acaba construindo uma obra mais completa. Essa batida do Baden, essa influência da Bahia na vida dele”, afirma. “E isso, de certa forma, torna tudo muito atual em termos instrumentais. É tudo tão bem tocado, que a música se torna eterna.”

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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