• Apenas um menininho cheio de sonhos

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  • 14/04/2021 08:00
    Por Joaquim Eloy

    Acordei bem cedo hoje após sofrida noite de terríveis pesadelos, Pensava que jamais acordaria diante de tantos temores e incertezas, traduzidos em imagens terríficas de meu sono agitado,  que a cada dia amedrontam a nós, viventes inseguros e desnorteados.

    Por causa, certamente da pandemia.

    Felizmente, pela ventura de haver atingido elevada idade, fui vacinado com a primeira dose da milagrosa vacina, aguardando os noventa dias que estão correndo para completar a imunização.

    De pé, circulando pela quarentena, sei que poucos estão preparados para esse feito da natureza e, também, alimento a certeza de que as pessoas estão se desestruturando, algumas enlouquecendo, famílias em ponto de bala, política sem vergonha, como sempre e pior ainda conduzida pela falta de caráter dos homens e mulheres públicos, tudo ampliado e manchado por comportamentos e atitudes vergonhosas.

    Um estresse gigantesco vai tomando conta e saem bailarinos e beberiques pelas baladas, encontros, no desrespeito a si e a todos mais nos seus entornos.

    É momento da revelação de muitas taras, que explodem por atitudes criminosas partidas de indivíduos de elevadas psicopatias, como o fato deplorável da morte do menininho Henry pelas mãos e pontapés de alguém se passando por deus, importante, acima do bem e do mal e pronto ao terrorismo da chantagem mais vil oriunda do demonismo que pode carregar um ser (de)sumano.

    Quando vejo, na televisão, aquele menininho de menos de 5 anos, clamando pela vida infantil de seu merecimento, nas garras de um maníaco que o trucida, a tristeza que experimento é infinita. Fico imaginando se a tragédia ocorreu mesmo ou é mais um dos pesadelos noturnos que sofro.

    A luz do dia que vem entrando pelas frestas das janelas sepultando maus sonhos, me fazem readquirir a vida onde o noticiário da crueldade se amplia e vai ganhando contornos de uma tragédia das piores de nosso século XXI. E sei que muitos fatos idênticos espocam pelo mundo e aqueles em comunidades humildes nem ganham registros nas mídias.

    Henry, sua trágica mãe, seu padrasto – que andam chamando de monstro – são cartas de um baralho viciado que somente exibem os símbolos que desgraçam os apostadores e enriquecem os cofres dos cassinos.

    E quem sofre para alimento de personalidades criminosas é um menino triste, por vezes até uma criancinha feliz, carregando nos ombros a infelicidade de estar diante de um agente da crueldade. Henry, sem defesa, acuado em sua inocência, é um triste exemplo de como pouco tem evoluído a máxima cristã: amai-vos uns aos outros!

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