• Aos 41, Marcelo Melo diz que poderá jogar até a Olimpíada de Los Angeles-2028

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  • 23/fev 11:40
    Por Felipe Rosa Mendes / Estadão

    Com um título e um vice neste início de temporada, o tenista Marcelo Melo está animado para prolongar sua carreira. Aos 41 anos, o experiente duplista brasileiro já pensa na Olimpíada de Los Angeles-2028 ao lado de Rafael Matos, com quem levantou o troféu do Rio Open na noite de sábado.

    “Mais importante é perguntar para o Rafa se eu vou conseguir mesmo chegar a Los Angeles”, brincou Melo, que cogita disputar sua quinta Olimpíada da carreira. “Quem mais me incentiva a chegar em Los Angeles é o Rafa para, quem sabe, ter mais uma dupla brasileira lá.”

    Se disputar a próxima Olimpíada, Melo confirmará a condição de tenista brasileiro com mais participações em eventos olímpicos. Em Los Angeles, ele terá 44 anos. Antes, esteve em Pequim-2008, Londres-2012, Rio-2016 e em Tóquio, em 2021. Melo não esteve na última edição dos Jogos, em Paris-2024.

    De olho no futuro, o veterano afirma que ainda não planeja sua aposentadoria. “Estou muito bem, continuo fazendo o possível para estar jogando em alto nível. Vou continuar ainda, nem perto de pensar em parar por agora. Se der, vou ficar muito feliz, vai ser minha quinta Olimpíada”, afirma.

    Melo vem jogando junto com Matos desde o fim de 2023, entre outras parcerias no circuito. No ano passado, eles passaram a atuar de forma mais constante, se tornando a dupla brasileira nos confrontos da Copa Davis. “Ele tem muita lenha ainda para queimar”, brincou Matos, após a conquista do Rio Open.

    O ex-número 1 do mundo em duplas diz que o segredo de sua longevidade nas quadras é o cuidado com a parte da recuperação pós-jogo. “Eu me preocupo muito com a recuperação física. Vamos ficando mais velhos e, naturalmente, as coisas demoram um pouquinho mais. Eu viajo bastante com meu preparador físico e fisioterapia. Logicamente, agora são maneiras diferentes de treinar e maneiras diferentes de fazer a recuperação.”

    “Com um bom preparo físico, consigo me recuperar mais rápido e ganho mais tempo. Aí consigo prolongar a minha carreira. A recuperação evoluiu muito hoje em dia. Valorizo muito isso para estar pronto no dia seguinte”, afirma o tenista, que já levantou troféus em Roland Garros e Wimbledon.

    No Rio Open, Melo disputava a final pela terceira vez, em busca do primeiro título. O veterano havia sido vice-campeão em 2023 e em 2014, com outros parceiros. Ao lado de Matos, enfim alcançou o almejado troféu. Foi o 39º no circuito, se tornando o tenista em atividade com mais títulos nas duplas, empatando com o croata Mate Pavic – no total, o brasileiro soma 77 finais.

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