• Ao ser preso, Roberto Jefferson se queixou de ‘saúde debilitada’ e flamenguistas

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  • 16/08/2021 13:30
    Por Redação, O Estado de S.Paulo / Estadão

    Preso preventivamente por suposta participação em organização criminosa que quer ‘desestabilizar as instituições republicanas’, o ex-deputado Roberto Jefferson teve sua audiência de custódia realizada no sábado (14), ocasião na qual a defesa destacou a saúde debilitada do presidente do PTB para solicitar que o político fosse colocado em prisão domiciliar. A solicitação será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes. Já ao se pronunciar sobre as circunstâncias de sua prisão, cumprida na sexta-feira (13), Jefferson afirmou que não tinha ‘nenhuma reclamação’, só a de que ‘teve de aturar três flamenguistas na viagem, sendo botafoguense’.

    Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Jefferson foi preso no âmbito de investigação sobre suposta organização criminosa, ‘de forte atuação digital, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito’ – o chamado inquérito das milícias digitais, aberto em julho.

    O pedido de prisão do ex-deputado partiu da Polícia Federal e foi acolhido pelo ministro Alexandre de Moraes, que fundamentou a ordem de custódia na ‘garantia da lei e da ordem e conveniência da instrução criminal’. De acordo com o magistrado, o presidente do PTB tem se manifestado ‘contra as instituições democráticas, proferindo diversas ameaças, em especial ao Supremo Tribunal Federal’.

    Ao pedir a prisão de Roberto Jefferson ao Supremo, a PF disse ter identificado a vinculação do presidente do PTB ao escopo das investigações sobre as ‘milícias digitais’ em razão de ‘reiteradas manifestações’ do político que ‘demonstram aderência voluntária ao mesmo modo de agir da associação investigada, focada nos mesmos objetivos: atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização e de ódio; e gerar animosidade dentro da própria sociedade brasileira, promovendo o descrédito dos poderes da república’.

    A Polícia Federal registrou que durante as investigações foi possível ‘um agravamento da atuação incisiva’ do presidente do PTB, ‘que passou a reiterar divulgações de ofensas de variadas formas em mídias de comunicação ao mesmo tempo em que incita pretensos seguidores a agirem ilicitamente, em violação às regras do Estado Democrático de Direito, indicando inclusive uma crescente agressividade no discurso’.

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