• Anvisa vai priorizar regulamentação de testes para diagnóstico de dengue

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  • 07/mar 16:16
    Por Victória Ribeiro / Estadão

    Nesta quarta-feira, 6, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), anunciou uma estratégia de combate à pandemia de dengue: o órgão fiscalizador vai priorizar, em caráter de urgência, todos os pedidos de registro de dispositivos como kits, testes e insumos que auxiliem no diagnóstico da doença.

    A decisão abrange tanto os pedidos em andamento quanto os que serão protocolados nos próximos 60 dias. Além disso, serão priorizadas as solicitações por certificação de “boas práticas de fabricação”, das fabricantes de testes e insumos que auxiliem na análise dos casos.

    O objetivo da decisão, de acordo com a agência, é ampliar o fornecimento de meios eficazes para o diagnóstico precoce da doença, permitindo uma resposta mais rápida no controle da epidemia. Além disso, a Anvisa está avaliando, a pedido do Ministério da Saúde, a viabilidade da comercialização de autotestes para dengue. Em breve, o órgão se pronunciará sobre o assunto.

    Na quinta-feira passada, 29, o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis da doença, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses. O número, referente às oito primeiras semanas de 2024, representa quase cinco vezes o registrado no mesmo período de 2023, quando 207.475 infecções foram notificadas.

    “Enquanto buscamos disponibilizar mais testes, é fundamental reconhecer que o controle eficaz da dengue requer uma abordagem ampla. A prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, continuam sendo fundamentais. Medidas como eliminação de focos, uso de inseticidas e educação pública são cruciais e não podem ser ignoradas”, afirmou Daniel Pereira, diretor da Anvisa, em comunicado.

    Vacinação

    Quase um mês após o início da vacinação contra a dengue no Brasil, Estados consideram a procura pela vacina baixa.

    O porcentual de doses aplicadas varia amplamente pelo País, mas não ultrapassa a casa dos 30%, segundo levantamento do Estadão. Segundo o Ministério da Saúde, até a segunda-feira, 4 de março, foram aplicadas apenas 190.268 das 1.235.236 doses enviadas, o que corresponde a 15,4% do total.

    O Brasil foi o primeiro país no mundo a incluir a vacina da dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, o número de doses é limitado, com uma previsão de 6,5 milhões para este ano. Nesse primeiro momento, a ideia é vacinar crianças de 10 a 14 anos de 521 municípios.

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