• Antes do Copom, Ibovespa tem leve alta de 0,21%, aos 129,4 mil pontos

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  • 08/maio 17:52
    Por Luís Eduardo Leal / Estadão

    O Ibovespa se manteve em torno da estabilidade em boa parte da tarde, mas tendeu ao positivo no fechamento, em alta de 0,21%, aos 129.480,89 pontos, com giro a R$ 21,1 bilhões na sessão. Tanto o volume diário como a variação moderada do índice da B3 se enquadram na cautela que precede a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), no período da noite desta quarta-feira, que pode trazer corte de 0,25 ponto porcentual ou de meio ponto porcentual para a Selic, em deliberação possivelmente dividida.

    Nesse contexto de maior incerteza sobre a trajetória da taxa de juros doméstica, em meio à recente retomada de preocupações sobre a direção das contas públicas – reforçadas pela catástrofe natural no Rio Grande do Sul, em dimensão ainda não quantificável -, o dólar à vista avançou 0,47% nesta quarta-feira, a R$ 5,0913, em viés de alta também para a curva de juros doméstica na sessão.

    Da mínima à máxima desta quarta-feira, o Ibovespa oscilou dos 128.048,04 aos 129.564,28 pontos, saindo de abertura aos 129.210,15. Na semana, o Ibovespa ganha 0,76% e, no mês, avança 2,82%, limitando a perda do ano a 3,51%.

    No cenário externo, observa a Guide Investimentos em nota, “a abordagem mais cautelosa do Fed o colocou fora de sincronia com os bancos centrais na Europa, que já iniciaram o afrouxamento monetário”.

    “Hoje, o Riksbank da Suécia iniciou seu ciclo de cortes, afrouxando a política monetária pela primeira vez em oito anos”, acrescenta a casa, observando que a decisão do BC sueco vem na esteira de deliberação semelhante do BC da Suíça, que havia se antecipado aos pares europeus com um corte de juros em março.

    Aqui, à tarde, com agenda de dados esvaziada na sessão e foco no que o Copom trará à noite, o Ibovespa conseguiu firmar sinal positivo do meio para o fim da sessão, renovando máximas do dia discretamente – no melhor momento, +0,27% -, com boa contribuição de Petrobras (ON +1,06%, PN +1,53%), o que se contrapôs à perda de 0,91%, no fechamento, para a ação de maior peso no índice da B3, Vale ON.

    Contribuindo para o avanço de Petrobras, os preços do Brent e do WTI subiram nesta quarta-feira, após dados sobre os estoques dos EUA terem fortalecido a expectativa por demanda.

    Na ponta ganhadora do Ibovespa nesta quarta-feira, destaque para os frigoríficos Marfrig (+11,18%) e BRF (+11,17%), após o balanço da BRF no primeiro trimestre. “A empresa aprovou programa de recompra de ações, o que deu impulso adicional aos seus papéis e também aos da Marfrig”, acrescenta André Luiz Rocha, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

    No lado oposto do índice, destaque para a queda de 5,88% em Pão de Açúcar, após os resultados trimestrais, entre Petz (-6,02%) e Telefônica Brasil (-5,63%) no fechamento do dia.

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