• Antes de Powelll, Ibovespa avança com NY e petroleo mesmo com recuo do minério

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  • 23/ago 10:57
    Por Maria Regina Silva / Estadão

    A força do petróleo nesta manhã e a valorização das bolsas americanas e europeias estimulam o Ibovespa, mas o ritmo é moderado. Isso porque a agenda de indicadores é esvaziada aqui e no exterior. Além disso, os investidores estão no aguardo há dias pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, às 11 horas, na abertura do Simpósio de Jackson Hole.

    Há expectativa de que Powell sinalize qual será o ritmo do corte dos juros nos Estados Unidos, esperado para começar em setembro, e quem sabe ver se o dirigente dará pistas de como ficará o total de ciclo de queda.

    Um entendimento de queda superior à de 0,25 ponto porcentual da maioria das apostas poderia dar novo fôlego ao Índice Bovespa, que fechou em pontuação histórica em três pregões seguidos. Ontem, terminou a sessão em baixa de 0,95%, aos 135.173,39 pontos. Ainda assim tem condições de encerrar co alta pela terceira semana consecutiva.

    O discurso de Powell será, segundo a Guide Investimentos, “minuciosamente examinado” em busca de sinais sobre o cronograma, a magnitude e o ritmo dos cortes de juros.

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos, também falará em Jackson Hole, mas somente amanhã. Enquanto isso, os investidores continuam tentando entender as recentes mensagens destoantes dos dirigentes do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

    Ontem, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, tentou corrigir afirmações feitas recentemente e que geraram desconforto nos mercados, sugerindo descompasso entre os dirigentes do Copom. De todo modo, reafirmou que “está na mesa” uma elevação da taxa Selic e que a autoridade monetária agirá, se for necessário.

    Conforme a Guide, a fala de Galípolo foi interpretada como menos “hawkish” em relação a seus comentários anteriores, assim como o recente discurso de Campos Neto, que não corroborou com as apostas mais agressivas de aperto monetário que surgiram após a divulgação da ata do Copom.

    Diante das incertezas relacionadas à mensagem do Copom os juros futuros fecharam em alta e o dólar se aproximou dos R$ 5,60. Nesta manhã, contudo, há um ajuste. Já o Ibovespa terminou a sessão em baixa de 0,95%, aos 135.173,39 pontos.

    Às 10h47, o Índice Bovespa tinha elevação de 0,36%, aos 135.66,40 pontos, ante alta 0,59%, com máxima aos 136.969,28 pontos. O dólar à vista cedia 0,67%, a R$ 5,5535.

    No mesmo horário, as ações da Petrobras apresentavam elevação entre 0,62% (PN) e 0,96% (ON). Já os papéis da Vale cediam 0,62%, em meio ao recuo de 2,24% do minério de ferro hoje na Bolsa de Dalian, na China. O petróleo registrava avanço de 1,44% (Londres) e de 1,81% (EUA), em recuperação a quedas passadas.

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