Ano novo, velho amigo
Parente já vem num “prato feito”, amigo a gente escolhe pelo cardápio: massas, legumes, carnes… Ou seja: intelectuais, artistas, desportistas e etc. Tratando-se de comida, podemos devolver se não estiver no ponto. Porém, tratando-se de amigos, já que fazem parte de nossa escolha, temos que aceitá-los como vier: cru, no ponto ou mal passado. Não existem dois amigos iguais, assim como dois pratos com o mesmo sabor. Existem amigos de fácil digestão e outros um tanto indigestos. Mas ambos nos serão imprescindíveis ao correr da vida. Aliás, ter amigo é fundamental. Cabe-nos discernir o momento certo para que possamos desfrutar do amigo, nessa diversidade de sabores. Vamos compreender que poderemos ter amigos para viajar, praticar esporte, para assistir, cinema, teatro, jogar um carteado ou, simplesmente, uma partida de futebol. Temos amigos para a praia e amigos para campo e montanha. E como é saudável ter amigo para que possamos trocar informações e experiências de vida. Ou seja: para um simples bate papo. O amigo é aquele que tem o direito de nos aplaudir, e o dever de nos criticar se estivermos cometendo um erro.
Como sou filho único, sempre esperei fazer de um amigo um irmão. Sei que isto não passa de uma utopia, mas não deixa de ser uma utopia saudável.
Sei que corremos risco de termos decepção com determinado amigo. Faz parte, pois amizade é um jogo e todo jogo tem regra. Entretanto, não existe decepção maior do que a de não ter amigo.
Este simplório texto é para você, que o elegi como amigo. Me aceite, como eu o aceitei e tenhamos, não apenas um novo ano para que possamos dar sequência ao nosso bom relacionamento, mas que a nossa amizade nos conduza à eternidade da vida.