• Anne Frank: professora é demitida por ler trecho do diário para alunos no Texas

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  • 22/09/2023 13:59
    Por Redação C2 / Estadão

    Uma professora do Ensino Fundamental foi demitida na cidade de Hampshire, no Texas, após ler um trecho gráfico do Diário de Anne Frank em sala de aula.

    O trecho do livro em questão, lido para os alunos da 8ª série (no percurso escolar americano), falava sobre a genitália masculina e feminina e a curiosidade sexual de Frank. Segundo pais de alunos afirmaram à Fox, a professora também pediu aos estudantes que lessem o trecho, que relatava toques nos seios entre amigas, em voz alta na sala de aula.

    Segundo o porta-voz do distrito escolar de Hampshire-Fannett, Mike Canizales, “a professora foi afastada no dia 13 e há uma investigação ativa”, afirmou, em comunicado.

    Publicado originalmente em 1947, o livro é comumente usado como parte do currículo escolar sobre o Holocausto – mas em algumas versões, os relatos sobre a sexualidade da adolescente são omitidos.

    A versão integral do livro não é aprovada pelo distrito escolar; no entanto, a obra já constava no currículo desde o início do ano letivo e os pais acreditam que alguém superior à professora tinha conhecimento do fato. Portanto, acreditam que a investigação é necessária.

    Após a repercussão, o distrito enviou um e-mail aos pais dos alunos no último dia 12. “Foi trazido ao conhecimento da administração esta noite que os alunos da 8ª série estavam lendo conteúdo que não era apropriado”, constatou o comunicado. “A leitura desse conteúdo cessará imediatamente. A professora pedirá desculpas aos alunos e aos pais, em breve, pois já se desculpou com o distrito.”

    Houve outros incidentes relacionados a esse mesmo livro em escolas nos Estados Unidos. Em 2022, outro acontecimento similar aconteceu no Texas e, neste ano, houve uma ocorrência na Flórida.

    A American Library Association informou, em março, que houve mais de 1.200 demandas para censurar livros de bibliotecas no ano passado nos EUA, o número mais alto desde que a associação começou a rastrear há mais de 20 anos.

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