• Amplitude do movimento – Qualidade desprezada

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 17/mar 08:00
    Por Prof. Luiz Carlos Moraes

    Numa sala de musculação não é difícil vermos alunos (as) fazendo exercícios de modo inadequado. Uma das qualidades desprezadas é a amplitude do movimento. Não são poucos que insistem em “pegar mais pesado” em detrimento da amplitude. Com isso, fazem exercícios todo tortos “achando” que estão fortes.

    Até existe um método chamado “roubada”, mas é para ser usado eventualmente e não é para ficar todo torto. Uma técnica usando todo o arco do movimento ao longo da chamada “linha de tração” garante que a contração muscular ocorra durante o tempo todo da execução do exercício.

    Nosaka e Sakamoto, 2001, reuniram 10 estudantes com alguma experiência em musculação e mostraram quais as diferenças da flexão de cotovelo realizando o mesmo exercício, nos ângulos de 50º a 180º e 100º a 180º. Os testados usaram angulações diferentes em cada braço. Para melhor fidelidade do estudo foram usadas máquinas isocinéticas. Os dados apontaram mais trabalho mecânico (força x deslocamento) e dano muscular nas angulações de 50º a 180º, e na amplitude máxima do movimento houve mais alterações bioquímicas.

    Estudos mais atualizados Maique, G.M. et all (2023) concluíram que para o músculo hipertrofiar precisa estar alongado (maior amplitude) fazendo força. Esse é o princípio básico da hipertrofia muscular. Só que, para fazer o movimento correto a carga possivelmente será menor. Isso não interessa à galera mais interessada em fazer vídeo nas redes sociais.

    Infelizmente tem muita “invencionice” por aí sob álibis mais incríveis e muita gente se machucando com isso. Faz o básico que dá certo. Faça musculação direito.

    **Literatura Sugerida: 1) Bompa, Tudor O. – Di Pasquale, Mauro – Cornacchia, Lorenzo J. Treinamento de Força Levado a Sério – 3ª Edição – Editora Manole 2015. 3) Maique,G.M. ett all. Amplitude de Movimento no Treinamento de Força: Uma Revisão Narrativa. RBPFEX – Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (2023).

    Últimas