• Amores

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  • 19/01/2018 17:20

    Hoje, os amores aparecem um atrás do outro, enjoa-se deste outro e procura-se em alguém mais a alma gêmea! Isto não é amor! Quem ama, verdadeiramente, não age desta maneira, simplesmente porque se acabou, é porque não existia um amor verdadeiro e profundo.

    Amar é doação, é desprendimento e compreensão, humildade e respeito, acima de tudo! É fonte de vida e abastecimento. Vemos todos falarem de amor, mas exercitar este sentimento é algo ainda um pouco distante de muitos.

    Existem vários “amores”, hoje: aqueles a serem observados como um ganho, como uma subida social, como uma maneira de se apresentar socialmente, utilizando-se dos nomes, das linhas das natas da sociedade emergente; amores úteis a promoções, a envergarem-se como seres a aparecerem nos palcos das comunicações, como uma maneira de se ajeitarem na vida! Então, de repente, anunciam: Vou me casar!

    O casamento assume realce social, avolumando-se no percurso das provas, dos enfeites, dos cardápios, das flores, dos convites. A festa vai inundar os salões, as vestes são confeccionadas, os ternos são alugados, a correspondência chega aos lares, mas tudo já foi providenciado, porque os arautos discorreram sobre o evento. A conturbação se instala nas almas, os noivos ficam nervosos com os preparativos e, na maioria das vezes, desentendem-se. A noiva chora, o noivo fica sem falar com ela, enfim, tudo por causa das inúmeras movimentações em torno da festa, do cerimonial.

     Mas o que importa são os sentimentos, o que ocorre dentro de cada ser, a razão de se estar dando esta passada tão importante na sequência vivencial. Mas onde está você? Como está este sentimento que precisa de tantos envolvimentos para comprovar um amor? Você não precisa assinar um papel para dizer que está amando alguém, se unindo a alguém, embora saibamos que tudo isto é muito louvável quando temos a nítida compreensão do passo que está sendo dado. Os envolvimentos sociais são buscados a arregimentar uma data, uma situação, mas que não são os que confirmarão o enlace de um amor verdadeiro. Presenciamos alguns destes acontecimentos que se firmam, naturalmente, mas, também, outros tantos que se diluem no comungar dos dias, onde as insatisfações se estabelecem por sentirem-se as criaturas invadidas em seus espaços, quando antes exerciam a soberania.

    Sabemos, irmãos, que todos os enlaces matrimoniais ou as conjugações entre almas que se propõem a viver juntas é trajetória cármica proposta a aprendizados, renovações, provas, exercício de doação, compreensão e aceitação. Por isso, as ligações são difíceis e a caridade tem que existir de ambos os lados, a patrocinar mais uma luta encarnatória, a trazer mais paz, verdade e entendimento entre as almas.

     O amor não é para ficar sendo exteriorizado no meio das ruas em agarramentos e explorações outras. A juventude que assim procede está maculando-se, por não ter a mensuração certa deste sentimento. O lar, a escola e a própria sociedade precisam alertar os jovens sobre estas exposições, onde se enaltecem aqueles que demonstram estes particularismos sem limites.

    É triste ver como jovens estão explorando a sexualidade para se firmarem como pessoas. Os conceitos precisam ser acentuados na orientação à juventude, para que não se percam nos prazeres mundanos e fiquem presos a situações que não estavam nos propósitos de suas encarnações. Seres humanos precisam estabelecer sentimentos nobres uns para com os outros, enovelando-se nos mais sublimes, a arregimentarem suas vidas, e não como os animais irracionais, que buscam seus pares pelo instinto. Somo seres pensantes e devemos viver como tais, medindo atitudes e colocando a razão antes de qualquer emoção que nos possa trazer conturbações no viver.

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