• Amália Barros é sepultada na presença da família e amigos parlamentares

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 13/maio 18:59
    Por Jean Araújo / Estadão

    Foi sepultada às 11h desta segunda-feira, 13, a deputada federal Amália Barros (PL) em Mogi Mirim/SP, cidade natal da parlamentar. Estiveram presentes na cerimônia, entre outros políticos, Michelle Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Abilio Brunini (PL-MT).

    Michele Bolsonaro e Amália eram amigas e, juntas, comandavam o PL Mulher com os cargos de presidente e a vice-presidente, respectivamente. A relação de ambas ficou conhecida após Michelle pedir que Amália retirasse a prótese ocular durante um evento do PL Mulher em João Pessoa/PB em julho de 2023. Nos últimos dias, ex-primeira-dama vinha compartilhando o desejo que Amália melhorasse e pedindo orações por ela. Em um evento do partido em Aracaju/SE que Michelle participou após a deputada ter passado pela cirurgia do pâncreas, ela pediu que intercedessem por sua amiga.

    “A nossa deputada Amália Barros, nossa vice-presidente, foi fazer uma cirurgia no pâncreas e está em estado grave. E a dor dela é a nossa dor. E está sendo muito difícil estar aqui hoje”, relata Michelle.

    Em sua rede social X (antigo Twitter), Abilio Brunini também pediu que seus seguidores intercedessem por Amália. O vídeo foi feito no sábado, um dia antes da morte da deputada.

    Após a anúncio oficial do óbito de Amália no domingo, 12, Arthur Lira, Eduardo Bolsonaro e Nikolas Ferreira compartilharam suas homenagens. Lira relata em sua conta do X que a deputada trabalhou incansavelmente pela classificação da visão monocular como deficiência sensorial.

    O caso trata-se de uma da Lei 14.126/21, proposta por Amália que, ao classificar “visão monocular como deficiência sensorial, estende os mesmos direitos e benefícios previstos para pessoas com deficiência. Uma conquista ímpar para o segmento”, diz Lira. Ainda em 2021, Amália fundou o Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular. Inicialmente homônimo ao seu nome, a fundação fornece assistência social aos monoculares e próteses.

    Eduardo Bolsonaro prestou uma homenagem à parlamentar na rede social X “Que tristeza, nunca pensei nessa possibilidade. Talvez por ser tão jovem, meiga e educada você nunca pense que isso possa se passar assim. Ainda com 39 anos deixa como legado lei com seu nome em prol dos deficientes, bem como instituto para cuidá-los. Certamente não será esquecida. Que Deus conforte seu marido Thiago Boava, familiares e amigos neste momento tão difícil”.

    Nikolas Ferreira, por sua vez disse ainda “não parecer verdade”. “Fico sentindo que chegarei na câmara, você me cumprimentará com um sorriso, como sempre faz, e isso não passará de um sonho ruim. Mas infelizmente não é…Que falta você fará para todos, Amália…Que o Senhor console a vida de sua família. Foi-se uma guerreira”.

    Quem foi Amália Barros

    Nascida 22 de março de 1985 em Mogi Mirim, cidade do interior paulista, Amália Barros se formou em jornalismo e trabalhou no Grupo Bandeirantes como produtora. Aos 20 anos teve toxoplasmose e perdeu um olho devido à infecção. Após o ocorrido, começou a lutar pela causa das pessoas monoculares, deu início à vida política ativamente em 2022 e foi eleita deputada federal pelo Mato Grosso do Sul, com 70.294 votos.

    Amália estava internada desde o dia 1º de maio para a retirada de um nódulo no pâncreas, que descobriu depois de iniciar um tratamento para engravidar. Houve complicações na cirurgia, o que agravou o quadro de saúde e levou a parlamentar a passar por diversos procedimentos médicos. Na madrugada de domingo, 12, ela não resistiu e faleceu aos 39 anos.

    Últimas