• Alunos da Uerj temem que aulas não sejam retomadas

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  • 23/08/2016 12:15

    Com previsão de início das aulas no próximo dia 29 de agosto, os estudantes que passaram para o primeiro curso da graduação, em Arquitetura, ministrado em Petrópolis pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), ainda têm receio de que o calendário letivo não seja retomado após o recesso. As aulas deveriam ter começado no dia 29 de fevereiro deste ano, com 50 alunos matriculados, sendo que, a maioria é de outros municípios. Apenas três pessoas são da cidade, porém eles tiveram acesso apenas a primeira semana de palestras. As aulas foram interrompidas por causa da greve dos professores. Por causa do receio, a Associação Petropolitana de Estudantes (APE) está convocando uma plenária municipal de estudantes para o dia 26, na porta do prédio da universidade, na Avenida Barão do Rio Branco, nº 279.

    O medo dos estudantes se fortaleceu depois que os alunos tiveram conhecimento de que o prédio anexo, que deverá ser utilizado para as aulas dessa primeira turma, ainda não tem o Certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros, que avalia a questão da segurança do imóvel, com relação aos riscos de incêndio. Além disso, eles se preocupam com o fato de o anexo ter apenas um banheiro. E, segundo testemunhas, o casarão principal está interditado, porque representa risco de desabamento. Apesar disso, o coordenador do campus Petrópolis, Freddy Van Camp, defende a ideia de que as aulas vão começar normalmente no dia 29. 

    O imóvel foi comprado em 2014 pelo Governo do Estado por R$ 2,2 milhões. Em março daquele ano, uma solenidade oficial no Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro, marcou a assinatura do ato de compra, que contou com a presença do governador Sérgio Cabral e do Reitor da Uerj, na época, Ricardo Vieiralves. Naquela época, foi anunciado que a casa seria restaurada, com o interior adaptado para as salas de aula, para abrigar o campus da universidade, mas até hoje, dois anos depois, o imóvel não passou por obras e apresenta estado precário de conservação. Mesmo do lado de fora é possível perceber os problemas físicos: no muro, na calçada e nas grades. 

    O prédio, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), tem grande importância histórica, uma vez que sediou a assinatura do tratado que resultou na incorporação do território do Acre ao Brasil em 1903. Quando foi comprado pelo governo, funcionava como Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), ligado à fundação Cecierj (Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro), que também era vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECTI).

    Por conta do feriado ontem no Rio, a Tribuna não conseguiu estabelecer contato por telefone com a assessoria de imprensa da SECTI para questionar a atual situação do campus e a retomada do calendário letivo. O mesmo aconteceu com o Inepac, que deve buscar a recuperação do imóvel. 





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