• Alto índice de Câncer de Bexiga e de Cabeça e Pescoço tem relação direta com o tabagismo, aponta especialista

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  • 21/jul 09:00
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    O dia 27 de julho, quando é celebrado o Dia do Oncologista, reúne importantes datas para o alerta do cuidado com a saúde. Por meio da campanha do Julho Verde, é fortalecida a conscientização para o Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço e ainda, o período também alerta para o Câncer de Bexiga. As medidas de prevenção são temas abordados pela equipe médica da Clínica Radio Serra Radioterapia, que chama a atenção para o fato de os dois tipos da doença terem relação direta com o consumo do cigarro.

    De acordo com o mais recente dado do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tabagismo é a causa de cerca de 80% dos casos de câncer de cabeça e pescoço. O alto índice também é espelhado para o câncer de bexiga. De acordo com publicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), “em mais de 50% dos casos de câncer de bexiga no sexo masculino e em 35% entre as mulheres, são decorrentes do tabaco”.

    “Os tipos de câncer estão diretamente interligados ao uso do cigarro, que é um protagonista nestes casos. Com relação ao câncer de cabeça e pescoço, esse índice pode ser aumentado se o tabagismo for associado ao consumo excessivo de álcool”, aponta o médico radio-oncologista, Daniel Przybysz.

    Ele explica que o cigarro, assim como o cachimbo e charuto, prejudicam diretamente a bexiga, pois parte das toxinas do tabaco são eliminadas pelos rins, junto com a urina, agredindo diretamente o órgão.

    De acordo com o INCA, no caso do câncer de cabeça e pescoço, o fumante tem cinco vezes mais chance de desenvolver a doença, sendo associado ao consumo de álcool, o índice sobe para dez vezes. O instituto aponta que esses hábitos são responsáveis por 70% dos casos dessa neoplasia. Esse tipo de câncer engloba os tumores malignos que podem afetar a boca, orofaringe, laringe (cordas vocais), nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço e tireoide. A infecção ainda pode ocorrer pelo papilomavírus humano (HPV), que também é fator de risco para os cânceres orais e de garganta.

    No caso do câncer de bexiga, o tabagismo triplica o risco da ocorrência na análise entre fumantes e não fumantes. Os fatores de idade e raça também são considerados. Homens brancos e de idade avançada estão no grupo de maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer.

    Assim como para qualquer outro tipo de diagnóstico, o médico radio-oncologista, destaca que a adoção de hábitos saudáveis, com alimentação equilibrada e prática de esporte são os principais meios de prevenção.  A rotina no acompanhamento médico contribui para a identificação precoce da doença, o que oferece melhores resultados no tratamento dos pacientes.

    A radioterapia, em ambos os casos, favorece a cura e melhora a qualidade de vida. “A radioterapia ajuda muito na melhora, diminui a chance de recidiva, além de possibilitar o tratamento de uma doença subclínica, que não conseguimos identificar, não sendo possível um procedimento cirúrgico para um caso que com o tempo, pode evoluir”, enfatiza, Daniel Przybysz.

    O especialista destaca a importância do trabalho conjunto da equipe multidisciplinar, envolvendo profissionais como além do radio-oncologistas, oncologista clínico, cirurgiões, os profissionais de fonoaudiologia, odontologia, enfermagem, nutrição, entre outros, que contribuem para o cuidado e aumento de qualidade de vida dos pacientes.

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