• Aloysio Nunes sobre suspensão da convenção estadual tucana: ‘o Hamas tomou o PSDB de assalto?’

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  • 21/10/2023 12:30
    Por Heitor Mazzoco / Estadão

    O ex-senador da República Aloysio Nunes Ferreira criticou a decisão da executiva nacional do PSDB em suspender a convenção partidária em São Paulo prevista para o próximo dia 29. Para ele, a ação é uma “manifestação de truculência a serviço da incompetência”. Procurado para comentar a fala de Aloysio, Eduardo Leite, presidente da sigla, afirmou por meio de sua assessoria que não vai se manifestar.

    Em documento assinado pelo governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, um dos motivos para suspensão da convenção tucana em São Paulo por 180 dias foi o que chamou de pior desempenho político eleitoral da legenda nas últimas eleições. (Leia íntegra do documento abaixo).

    Os argumentos deixaram o ex-senador Aloysio irritado. “O que é isso? O Hamas tomou o PSDB de assalto? Quer decapitar a secção (sic) mais forte, melhor organizada do partido, que tantas vezes governou o Estado? Secção de onde saíram três candidatos à Presidência da República, um deles eleito e reeleito e um candidato à vice-presidência?”, questionou. Ele reforçou o posicionamento em contato com o Estadão.

    O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), concordou com a insatisfação de Aloysio Nunes. “Uma atitude impensada em 35 anos de PSDB. De quem não tem a menor noção do que é a democracia tucana. Uma atrocidade autoritária”, afirmou Nogueira.

    De acordo com nota do PSDB, outro motivo foi a perda de prefeitos do interior paulista para outras legendas. Isso ocorre desde a derrota de Rodrigo Garcia na eleição do ano passado – primeira vez em que o partido foi derrotado no Estado em 28 anos.

    Os problemas envolvendo os tucanos em São Paulo vão desde a esfera municipal até a federal. No mês passado, a convenção do partido na capital paulista foi parar na Justiça. Nomes do PSDB da Capital tentaram derrubar liminarmente a decisão do diretório estadual em suspender a convenção, que foi realizada mesmo sem a aval judicial. Depois, a executiva estadual comandada por Marco Vinholi, ex-deputado estadual, barrou a escolha do novo presidente na maior cidade do País.

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