
Alfabetização na idade certa supera média nacional, mas índice de conclusão do ensino médio é baixo
Hoje é o Dia do Professor, uma data que, além de valorizar e reconhecer estes profissionais, nos leva a ter um olhar mais atento para a Educação em Petrópolis. Dentro desta área, uma das principais políticas públicas adotadas é a busca pela alfabetização na idade certa. E os dados do Governo Federal mostram um certo avanço de Petrópolis na área: dados de 2024 mostram que 64,8% das crianças estão concluindo corretamente esse processo, índice superior à média nacional e acima do período pré-pandemia. A alfabetização na idade correta é considerada fundamental para a aprendizagem e a formação, uma vez que, ao aprender a ler e escrever, ela amplia a capacidade cognitiva e de absorção sobre os conteúdos que serão estudados posteriormente.
Evasão escolar aumenta com o passar do tempo e jovens não concluem o ensino médio
Se a alfabetização na idade certa é um alento para o futuro dos nossos jovens, o atual cenário das outras etapas da educação básica e fundamental preocupa. Petrópolis perdeu, em 20 anos, praticamente um terço dos alunos na rede pública de ensino – dos 54 mil em 2004, o município tem hoje 36 mil estudantes, de acordo com dados oficiais, somando-se a 12 mil estudantes da rede privada. Mas o mais grave acontece com relação ao ensino médio. O número de matrículas na rede pública é de 6.573 nas escolas estaduais, que se somam aos 3.081 alunos que estudam em escolas privadas. Ao contrário do que acontece na Educação Infantil, onde há grande e histórico déficit de vagas, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio há mais oferta do que demanda.E, neste cenário, o número de jovens entre 18 e 19 anos com ensino médio concluído preocupa: segundo o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, o índice de conclusão sobre o total da população desta faixa etária é de apenas 43,37%, bem abaixo da meta, que é de 70%. Situação que se reflete no mercado de trabalho e na falta de expectativa para os jovens, já que se estima que o percentual de jovens entre 15 e 24 anos que não estudam nem trabalham (os chamados “nem-nem”) é estimado em 17,51% de quem está nessa faixa etária, um pouco acima do que é preconizado como aceitável.

Beiço
Ontem a gente falou sobre a licitação para o Natal Imperial, feita ontem, com toda a antecedência, tudo certinho. Mas tem produtor cultural cobrando – inclusive em grupo público, pelo WhatsApp – os pagamentos ainda não realizados pela Secretaria de Cultura referentes à Bauernfest deste ano.
A diferença
O presidente da CPTrans, Luciano Moreira, que comandou e presidiu a reunião do Comutran, citou o projeto de reestruturação do transporte em Juiz de Fora e mencionou que “se vocês forem ver, a situação é basicamente igual a de Petrópolis”. No diagnóstico pode até ser, mas na ação propriamente dita, é bem diferente: lá eles já criaram um site, publicaram o edital com minuta de contrato, explicaram as mudanças e abriram espaço para o usuário tirar dúvidas e dar sugestões. Aqui, por enquanto, só há o Plano de Contingência, até agora uma carta de boas intenções.
Se impôs
Bem que a gente falou que a secretária de Educação, Poliana Ferrarez, é articulada e não está disposta a levar desaforo para casa, não. Ontem ela deu mais um olé no vereador Léo França, que ontem acusou uma suposta falta de merenda na escola Johann Noel, no Bingen. Poliana foi pôr a touquinha, foi à cozinha da escola, explicou de forma didática que não havia problema na unidade e ainda “tirou onda” com o vereador mostrando o freezer da unidade cheio.
O que ainda falta
A resposta da secretária ao caso do Bingen foi um exemplo de comunicação direta e bem feita. Mas falta essa didática e essa disposição para explicar o todo. Se o vídeo de Poliana viralizou, também bombou muito a foto de um prato só com arroz, feijão e angu. Mais um dos vários casos “pontuais” que acabam pipocando nas redes sociais de pratos sem hortifrutigranjeiros ou proteínas e acaba ficando a sensação que, de caso pontual em caso pontual, o problema é global.
Treta aqui, não
Foi só a gente avisar que ia dar treta na Posse com a mudança de nome da Unidade Pré-Hospitalar que a Câmara até impediu os comentários dos cidadãos na postagem informando sobre a lei. O projeto, do vereador Marquinhos Almeida, homenageou o ex-vereador Jorge Relojão, substituindo o decreto de 2024 que deu o nome do posto ao comerciante José Ramos de Mello.
Educação em concerto
Em celebração ao Dia dos Professores, a Orquestra Teatro Imperial realiza um concerto especial que promete emocionar o público. A apresentação, marcada para hoje, às 19h30, reunirá um repertório diversificado, passeando dos grandes clássicos da música erudita aos sucessos do rock brasileiro, em uma noite de homenagem, arte e inspiração. A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço.

Contagem
Estamos há 2 anos, 5 meses e 8 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.