• Além da Rua Nova, Estado assume intervenções em rochas acima da 24 de Maio

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  • Prazo para conclusão da obra na área de risco acima da E.M. Clemente Fernandes é até 27 de novembro

    10/06/2022 14:58
    Por João Vitor Brum

    Em visita à comunidade 24 de Maio, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras (Seinfra) anunciou que está assumindo oficialmente a contenção de mais dois blocos rochosos na localidade, além da rocha com risco de rolamento na Rua Nova, que já fazia parte do pacote de obras de responsabilidade do governo estadual. Entretanto, apenas a rocha que fica na direção da Escola Municipal Clemente Fernandes receberá intervenções de forma emergencial – em até seis meses a partir da assinatura do contrato, em 27 de maio.

    O anúncio do Estado acontece após vistoria técnica realizada pelo Ministério Público na última semana e reunião entre Estado, Prefeitura e MPRJ no mesmo dia, para definir o que seria feito na localidade para evitar novos desastres.

    “O objetivo é ampliar as ações para conter as pedras. O importante é fazer as obras emergenciais, fazer a análise de novos riscos. O encontro de hoje é desdobramento da região se unindo, pois a comunidade apontou duas pedras que não estavam previstas no cronograma, e a partir disso conseguimos definir quem é o responsável”, destacou a procuradora de Justiça do MPRJ Denise Tarin.

    Foto: João Vitor Brum

    O engenheiro da Seinfra responsável pelas obras na região da Rua Teresa, Gleidson Portela, explicou que foi preciso elencar prioridades para que as intervenções pudessem começar. A Rua Nova é a considerada a mais perigosa, em termos de deslocamento de rochas. 

    “Temos a emergência da emergência, que no caso dessas duas novas rochas assumidas pelo Estado, é a que está acima da escola, a cerca de 30 metros da pedra da Rua Nova. Ela será incluída no pacote de obras emergenciais, enquanto a outra terá um respectivo processo licitatório, pois está ‘ancorada'”, explicou Portela.

    A rocha, de acordo com moradores da localidade, passou por um trabalho de contenção em 1988, com obra com recursos da Prefeitura e mão-de-obra da própria comunidade, o que, segundo os engenheiros presentes na visita, torna a rocha menos vulnerável do que as outras. 

    Agora, já que seguirá o rito legal, a obra deve passar por processo licitatório e só então uma empresa será definida para a execução da intervenção. 

    Obras que já estão em execução pelo Estado. (Foto: João Vitor Brum)

    A outra pedra, que fica acima da Escola Municipal Clemente Fernandes (que está interditada desde a chuva de fevereiro), foi incluída no pacote emergencial e as intervenções devem acontecer até o dia 27 de novembro, seis meses após a assinatura do contrato – assinado em 27 de maio, de acordo com a Seinfra.

    Denise Tarin, ao fim do encontro, lembrou que as ações devem ser efetivas para que vidas não sejam mais perdidas.

    “Se não for feito nada, em dezembro estaremos aqui novamente para tirar corpos. Se esquecer, se deixar de lado, em dezembro estamos de volta. Por isso estamos aqui, ouvindo sempre a comunidade primeiro”, concluiu a procuradora.

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