• Alckmin diz que quer negociação urgente: ‘Bom é que se resolva nos próximos dias

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  • 16/jul 17:47
    Por Flávia Said e Luiz Araújo / Estadão

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira, 16, que o governo brasileiro quer negociação urgente, mas não vê problema se for preciso prorrogar o início da vigência das tarifas pelos Estados Unidos. As novas cobranças começam a partir de 1º de agosto, segundo anúncio do presidente americano, Donald Trump.

    “Nós queremos negociação, é urgente. O bom é que se resolva nos próximos dias”, afirmou Alckmin a jornalistas após reunião com o presidente da Câmara Americana de Comércio para Brasil (Amcham Brasil), Abrão Neto, nesta tarde, na sede do MDIC. Ele completou: “Se houver necessidade nessa negociação de prorrogar o prazo para início das tarifas, não vejo problema”.

    Segundo ele, esse é o “sentimento geral”, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os empresários brasileiros (dos setores industrial, do agronegócio, de serviços e do comércio) e as empresas americanas.

    “Os Estados Unidos, o segundo maior superávit que eles têm é com o Brasil. Se cai o comércio, eles vão perder um dos poucos países com que eles têm superávit. Então, não tem lógica, por isso o empenho para resolver”, disse ainda o vice-presidente.

    Comitê interministerial

    O nomeado Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais foi oficializado no decreto que regula a Lei de Reciprocidade Econômica (Lei 15.122/25). Como primeira missão, o grupo terá o objetivo de ouvir os setores empresariais para detectar as implicações do anúncio, pelos EUA, de tarifas de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, a partir do dia 1º de agosto.

    Nesta quarta, foram realizadas três reuniões com o setor produtivo para discutir ações contra as tarifas anunciadas pelos EUA.

    Até aqui, a principal proposta do empresariado é de buscar pelo menos mais 90 dias de discussão e evitar retaliações o quanto for possível. Representantes do setor agropecuário pediram cautela ao Executivo nas negociações e que as tratativas sejam esgotadas até 31 de julho.

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