• Alarme de clínica toca por quatro dias e irrita os moradores do bairro Valparaíso

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  • 11/02/2016 11:50

     Há pelo menos quatro dias que um alarme de segurança incomoda os moradores das ruas Gonçalves Dias e Avenida Portugal, no bairro Valparaíso. O equipamento disparou no sábado por volta das 13h e somente na tarde de ontem uma funcionária que tinha acesso à clínica foi até o local. Os moradores da região estão revoltados, já que ninguém prestou a eles um esclarecimento sobre a situação. O contato com a empresa de segurança foi tentado por diversas pessoas, porém o número informado no adesivo exposto na porta não correspondia ao grupo. O barulho incessante por todos esses dias causou irritação e um Boletim de Ocorrências foi feito na 105ª Delegacia de Polícia na madrugada da última terça-feira. Segundo os moradores, será movida uma ação contra a clínica e a empresa de segurança. 

    Na tarde de ontem, uma funcionária foi até o local para fazer o desligamento do alarme, mas em cerca de uma hora o equipamento disparou novamente. Isso irritou Daniela, que saiu de casa e recorreu à casa de amigos. “Não aguentei e vim para o Bingen para sair daquele barulho. Vamos mover uma ação contra a clínica pela falta de respeito. Eu duvido que se fosse um caso de arrombamento alguém não teria vindo aqui. É porque monitoram e veem que está tudo certo, só que incomoda muito. É em frente à Beneficência Portuguesa”, fala. 

    Na madrugada da última terça-feira, Daniela encontrou na 105ª DP o casal Michele Cruz e Roberto da Silva, que prestavam a mesma queixa. Michele tem diversos vídeos do alarme tocando durante a madrugada e contou que uma funcionária da clínica só foi até lá na tarde de ontem por um acaso. “A funcionária de uma paciente estava na delegacia e ouviu o B.O. sendo feito. Ela disse que falaria para a patroa avisar sua médica e quando vimos uma mulher entrando na clínica descemos. Ela comunicou que os donos estão fora do país e disse que um dos médicos ligou para ela na manhã de hoje”, conta.

    Um Boletim de Ocorrências foi feito também no 26° Batalhão de Polícia Militar e, segundo Roberto, os policiais que verificaram a situação não conseguiram ficar nem 10 minutos no local. “Eles não aguentaram o barulho. Isso é uma irritação que tem que ter alguma maneira de punição”, diz.

    A monitora de alarmes, Carina Carvalho Ribeiro, disse que o contato com o responsável pela empresa de segurança, que faz a manutenção do equipamento, foi feito no mesmo dia e que na ocasião não conseguiram falar com os responsáveis pela clínica. “Estava de plantão sábado e liguei para o responsável para avisá-lo. Informei o que tinha acontecido e tentamos todos os telefones possíveis, mas não conseguimos. Isso atrapalha também o meu serviço”, diz.

    De acordo com a vizinhança, durante todos os dias diversas ligações foram realizadas para o número de contato da empresa que faz a segurança do local, porém todos os dois caem na casa e no celular de uma mesma senhora. Segundo os moradores, a idosa disse que também registrará uma ocorrência contra a empresa. 

    Segundo ela, a manutenção é acionada em casos de disparo, falta de comunicação ou de bateria e que a frequência de disparos é por ser um equipamento muito sensível. “Terça-feira uma médica foi lá e tentou desarmar, mas não conseguiu. Ontem, uma funcionária retornou, mas ela não entendeu que era para ficar desligado e religou o equipamento. Por ser de acesso restrito não tem como desligar daqui”.

    Por telefone, o responsável pela empresa de segurança disse que não estava na cidade e que a situação seria resolvida por um funcionário ainda na tarde de ontem. Ele informou que não tem acesso à clínica e que só pode desligar o alarme com o local aberto. Questionado quanto às informações incorretas contidas no adesivo que leva o nome da empresa, ele disse que era um adesivo antigo que “serve para inibir os bandidos”. Para ele, esse não é um motivo para incômodo. “Não é uma bagunça ou uma festa com música alta, é um dispositivo de segurança”, afirma.

    A Tribuna tentou contato com a clínica, mas o local esteve fechado por todo o dia. 

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