Agricultura e Embrapa lançam unidade de pesquisa na Baixada Cuiabana
O Ministério da Agricultura apresentou nesta segunda-feira, 21, o projeto de criação da Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi) da Baixada Cuiabana da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, realizaram o lançamento da pedra fundamental da nova unidade. “Trazer a Embrapa à Baixada Cuiabana é resgatar a força econômica da região através da sua vocação e com pequenos produtores, com pesquisa e disseminação da pesquisa. A Embrapa vai poder desenvolver aqui as tecnologias apropriadas à Baixada Cuiabana”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a jornalistas nos bastidores do evento.
A Umipi da Baixa Cuiabana será localizada em Nossa Senhora do Livramento (MT), área que era ocupada pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), e estará vinculada à Embrapa Agrossilvipastoril, de Sinop (MT), informou a pasta. De acordo com o Ministério da Agricultura, a nova unidade terá foco no desenvolvimento e pesquisa da fruticultura, horticultura, piscicultura, olericultura, mandiocultura e em tecnologias voltadas à agricultura familiar.
O centro atenderá produtores da região, composta por 11 municípios, e também desenvolverá pesquisas voltadas aos sistemas agroflorestais (SAFs), à integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e à agregação de valor da produção, como certificações e selos. “Nós vamos trazer um ambiente para compartilhar informações, para desenvolver a agricultura familiar, a fruticultura, a piscicultura, além de trabalhar com sistemas agroflorestais aqui na Baixada Cuiabana. É momento de trazermos as tecnologias para ajudar esses agricultores familiares com produção e produtividade”, disse Massruhá. Ela destacou que a unidade deverá validar cultivares específicas para a região, a partir da parceria com outras unidades descentralizadoras da própria Embrapa, e trabalhar na capacitação e na transferência de tecnologias aos produtores.
A unidade terá área administrativa, galpões de insumos, máquinas agrícolas, casas de vegetação, áreas de pesquisa e extensão e laboratórios. O modelo de unidade mista de pesquisa prevê a cooperação com outras instituições públicas e privadas para pesquisa, inovação e capacitação. Na região, 65% da área é ocupada pela agricultura familiar, segundo o ministério, com 41% dos estabelecimentos rurais possuindo entre 10 e 50 hectares e 28% com áreas abaixo de 10 hectares.