• Agentes de turismo e lojistas pedem liberação do turismo comercial para outros municípios

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  • 29/07/2020 20:00

    Embora o município tenha flexibilizado a entrada de ônibus e vans para o turismo comercial nos polos de moda e na rede hoteleira, por meio do decreto decreto nº 1.251/20, os lojistas de Petrópolis não podem sair da cidade para fazer o mesmo em outros municípios. Sem possibilidade de fazer compras, alguns estabelecimentos estão desabastecidos, o que afeta as vendas. Para tentar reverter esse quadro, empresários e agentes de turismo já se reuniram com representantes de prefeitura e até enviaram um ofício com pedido para regularizar a saída de ônibus com fins de compra de mercadorias para revenda, mas até o momento não houve avanço na questão.

    A primeira reunião para tentar regulamentar a saída de ônibus do município para a realização de compras em outros municípios foi realizada na primeira semana de julho. Também foi entregue um ofício contendo um protocolo de segurança e prevenção contra a disseminação no novo coronavírus, que deverá ser utilizado nas viagens. Um mês depois, no entanto, empresários e agentes de turismo aguardam a regulamentação.

    “A solução que encontramos é alugar ônibus no Rio de Janeiro e fazer as viagens de lá. O que sai muito mais caro. Os lojistas estão amargando, porque pagam alugueis caros e não têm receita. Tanto os lojistas quanto as empresas que alugam os ônibus são investidores da cidade e estão sendo prejudicados”, disse a agente de viagens Mirinha Camargo.

    A empresária Claúdia Pires participou da elaboração do protocolo apresentado à prefeitura e disse que é uma preocupação não apenas para os agentes de turismo, mas para os próprios lojistas da Rua Teresa, que abastecem os estoques com mercadoria de outras cidades. “A questão é que as pessoas de Petrópolis vão dar um jeito e vão sair para comprar as mercadorias. Seja indo por excursão no Rio, ou saindo com os próprios veículos. O custo e a logística são maiores, mas as pessoas vão de qualquer jeito. O ideal é regulamentar”, disse.

    Antes da pandemia, eram feitas em média seis excursões por semana para cidades com polos de turismo comercial. “Petrópolis tem a Rua Teresa, que é um polo de turismo comercial, atrai turistas e visitantes. Esse é um problema que tem que ser solucionado de alguma forma, porque, sem estoque, os comerciantes ficam sem vender”, disse Cláudia.

    A prefeitura confirmou o recebimento do documento pela vigilância sanitária do município e informou que o órgão analisa as reivindicações. No entanto, não esclareceu o motivo de ainda não ter autorizado a saída dos ônibus para compra em outros municípios. Disse apenas que o governo está atento às medidas de proteção à saúde dos petropolitanos e às taxas de ocupação de leitos, que permancem baixas em parte devido à implementação do controle sanitário no início da pandemia.

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