Agências da Caixa são autuadas em Petrópolis por tempo de espera na fila
O Procon autuou nesta segunda-feira (27) a agências da Caixa no Alto da Serra e no número 745 da Rua do Imperador, pelo tempo de espera acima de duas horas – muito acima dos 20 minutos permitidos pelas leis municipal e estadual. As agências também foram intimadas a disponibilizar mais funcionários dentro dos estabelecimentos e também nas calçadas, com o objetivo de orientar os clientes quanto à formação das filas.
De acordo com o Procon, o banco precisa se adequar à demanda por atendimento em decorrência do saque da quarta parcela do auxílio emergencial. “Havia uma expectativa de que a procura pelo saque do benefício levaria muitos consumidores para as unidades da Caixa. Por isso, monitoramos a situação do atendimento desde cedo”, destaca a coordenadora do Órgão de Defesa do Consumidor, Raquel Motta.
Na agência do número 745 da Rua do Imperador, o tempo de espera pelo atendimento relatado pelos consumidores chegou a 2h40. No Alto da Serra, a situação foi mais grave. Consumidores ainda aguardavam quase duas horas após o horário de fechamento da agência. Às 16h, eles relataram à equipe de fiscalização que haviam chegado à unidade bancária por volta de meio dia, uma espera que ultrapassou quatro horas na fila. “Não é razoável um tempo de espera tão longo, especialmente por causa da flexibilização e da pandemia. Além da lei estadual 4.233/03, que estabelece o tempo máximo de 20 minutos, a falta de eficiência no atendimento fere direitos básicos previstos no Código de Defesa do Consumidor (CDC)”, ressalta Raquel.
A coordenadora do Procon ressalta que o Banco Central autorizou a redução do quadro de funcionários e do horário do atendimento no início da pandemia, mas argumenta que a regra precisa ser revista frente à flexibilização das atividades econômicas. Ela também informou que encaminhará, aos órgãos responsáveis pelo sistema bancário, um pedido para reavaliação das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus em Petrópolis, considerando o estágio atual da flexibilização do comércio no município.