• Afinal os fantasmas existem?

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  • 17/01/2018 12:15

    Dois cidadãos trabalhavam na mesma empresa há muitos anos.

    Manoel e Francisco, este conhecido na intimidade por Chico. É bem verdade que ambos não apreciavam o trabalho que realizavam e por muitas vezes procuraram outros empregos, todavia, sem lograr êxito.

    Manoel casado com Dulce e Chico solteiro, e sem perspectivas de casamento, eis que na mocidade a desilusão lhe batera a porta fazendo com que o mesmo preferisse viver sozinho. E sempre afirmava quando lhe provocavam a respeito da falta de uma companheira: “antes só do que mal acompanhado”.

    O tempo foi passando e na falta de outra atividade laboral, acabaram  por permanecer na mesma que já vinham desempenhando e que lhes garantia a sobrevivência.

    Manoel, temperamento alegre e sempre a contar anedotas rindo delas próprias; o companheiro, ao contrário, sisudo e de poucas palavras, embora ambos trabalhadores e de boa formação moral.

    O trabalho que prestavam era desenvolvido junto a uma empresa funerária localizada numa cidade do interior de Minas Gerais, diga-se de passagem muito pobre e de parcos recursos a serem oferecidos a seus habitantes.

    O trabalho não lhes trazia grandes atribulações já que se tratava de uma cidade pequena, poucos habitantes e os falecimentos ocorriam com frequência reduzida.

    Por orientação do proprietário da empresa, a ordem era fechar as portas às 22 horas e desde que abertas no dia seguinte, bem cedinho, salvo emergências.

    Manoel e Chico seguiam as determinações de maneira rigorosa.

    Ocorre, entretanto, que Manoel, figura engraçada e mais idoso, um tanto cansado, certa vez, após o relógio já haver ultrapassado as 22 horas, além de muito gripado acabou por decidir pernoitar no local de trabalho e pasmem, sem que a família fosse avisada e, também, o colega Chico.

    Pois bem, decisão tomada buscou acomodação apropriada para passar a noite decidindo, ante a ausência de uma cama, por se ajeitar numa “confortável” urna funerária.

    E dormiu até que, no dia seguinte, ao abrir a porta da loja, o colega Chico se deparou com uma “figura” que estava se levantando envolto num lençol.

    O susto foi tão grande que fez com que ele saísse em disparada, porta afora, fugindo certamente daquele quadro que nunca esperava presenciar.

    E o pior de tudo é que Chico, embora procurado por muito tempo, “escafedeu-se” não tendo nunca mais “dado as caras” na cidade.

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