Adeus, amigo!
De início peço ao Criador que me ajude, com a devida e merecida inspiração, pelas palavras que ora escrevo dirigidas a um grande amigo que partiu, o médico Arnaldo Rippel.
Tomei conhecimento do triste infausto nesta manhã do dia 12, eis que o querido amigo viera a falecer à noite do dia anterior.
A notícia quedou para mim e para com a plêiade dos seus sem números de amigos com extrema tristeza.
Sabíamos que seu estado de saúde era preocupante, todavia não esperávamos que tudo viesse a ocorrer tão rapidamente, enlutando a família, seus amigos, pacientes e tantas pessoas que sempre lhes dedicaram carinho e admiração.
Contudo, como extremoso médico ortopedista, também leva consigo a eterna gratidão de seus inúmeros pacientes.
Arnaldo foi membro da Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni, ocupante da cadeira nº 4, patronímica Álvaro Machado.
Participante, também, de diversas Antologias. Livros publicados: “Contrastes”, em conjunto com Eva Regina Villas Boas; “Poemação”, com o poeta Luis Gonzaga Cavalcanti Filho e “Mutantes”, com o poeta Ugo Miller.
Integrou, outrossim, a Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, além de Fundador e Presidente do Clube de Poesias do Petropolitano.
Na condição de grande apreciador do carnaval, do qual nunca deixou de ser um apaixonado, fez parte da Ala de Compositores da Portela e Unidos da Tijuca.
O Clube Petropolitano, tradicional na cidade de Petrópolis, que muito fez elevar o nome de nossa terra, foi presidido por muitos anos, com extrema dedicação pelo querido médico, sempre elegendo-o como um dos ideais durante sua vida.
Pelo whatsapp nos “falávamos” constantemente sempre através de palavras de delicadeza e amizade e, ainda, a nos enviar produções poéticas.
Como apreciador de suas belas poesias, traçávamos conversações inclusive voltando ao passado quando Arnaldo fazia menções ao meu pai, igualmente poeta, ambos integrantes da Academia Petropolitana de Letras, por muitos anos, sempre apoiando as iniciativas da Instituição, ainda que seu estado de saúde não permitisse o seu comparecimento pessoal às sessões acadêmicas.
Na Academia Petropolitana de Letras ocupou a cadeira nº 35, patronímica de Visconde de Taunay.
O falecimento do médico Arnaldo Henrique Rippel Barbosa deixa, também, imensa lacuna nos meios literários desta terra de Pedro!
Relembro-o emocionado e pleno de boas recordações, entretanto, na certeza de que foi recebido nas Alturas pelo Criador, coberto de glórias e reconhecido na condição de ser humano que nesta terra somente fez o bem àqueles que o procuravam como médico, outrossim, agindo como exemplar chefe de família, cidadão ímpar, poeta de escol.
Em 5 de fevereiro de 2024 dele recebi: Pierrot sem Colombina…
“Um Pierrot sem Colombina
Tal qual Poema sem rima
Encantado por bailarinas sonhadoras
Apaixonado por promessas sedutoras…
Fantasiado de puro Amor
Rouba beijos, é poeta sedutor
Seu Carnaval é de Luz e Poesia
Que iluminam suas noites
e clareiam os seus dias”
E mais, em 26 de fevereiro:
Aledor
“Eu ontem te vi chorando
Imaginei-me dançando
Ao Som das asas de prata
De um cavalo de sonhos
Que vaga sozinho na noite
Que vaga sozinho no Céu
Tem que chame de Alegria
Tem que chame de Dor
Mas de ALEDOR, eu o chamo”.
Amigo Arnaldo, li e faço transcrever: “em todo o Universo, não há abrigo mais seguro que o da consciência tranquila”.
Por isso mesmo já encontrou, sem dúvida, o acalentamento Divino, a Paz”!
Adeus, quiçá algum dia ainda nos reencontraremos!