• 09/abr 08:00
    Por Afonso Vaz

    Na Rua Santo Antônio, em Recife-PE, nascia em 16 de fevereiro de 1888, Adelmar Tavares da Silva Cavalcanti, que ficou conhecido de norte a sul do país na condição de um dos mais importantes trovadores, além de haver exercido, com louvor, a advocacia, o professorado e a magistratura.

    A primeira obra por ele publicada “Descantes”, em 1907, juntamente com vários trovadores.

    Todavia, não deixaram de surgir novas publicações destacando-se na poesia com “Miriam, luz dos meus olhos”, “Noite cheia de estrelas”, “O Caminho Enluarado”, “Um ramo de cantigas”, sendo publicadas, outrossim, em razão da profissão abraçada, obras de “Direito”, “Discursos” e tantas outras.

    A primeira obra publicada “Descantes” deu-se em 1907.

    Brilhou ao publicar, também, em 1910, “Trovas e Trovadores”, sem falar em “Poesias”, em 1929.

    Justamente, em razão da sua efetiva colaboração perante à imprensa, seu nome se tornou conhecido de tal forma, principalmente no estilo da trova.

    Notável orador fez vir à lume, “Discursos”.

    Ocupou a cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras, eleito que foi em 25 de março de 1926.

    Presidiu-a em 1948; em razão do falecimento passou a ocupar sua cadeira nº 11 Deolindo do Couto, destacado médico que deixou seu nome marcado e indelevelmente na ABL, ante a brilhante atuação e notabilidade na área profissional que sempre desempenhou com competência ímpar. 

    Adelmar Tavares, ressalte-se, mestre em Direito Penal, promotor público, professor da Cadeira de Direito Penal junto à Faculdade de Direito do Estado do Rio de Janeiro, respeitado sob várias óticas. 

    Tratemos, a derradeiro, sob suas notáveis produções, justamente na elaboração de trovas as quais tenho a certeza, que nunca serão esquecidas por admiradores e, sem dúvida, por aqueles que foram premiados pelas Alturas, na condição de trovadores, centenas que se espalham por este país afora.

    Assim é que escreveu Adelmar, escolhido como o “Príncipe das Trovas”:

    “Para matar as saudades,

    fui ver-te em ânsias correndo…

    – E eu que fui matar saudades,

    vim de saudades morrendo”.

    “Sou jardineiro imperfeito, 

    pois no jardim da Amizade,

    quando planto o amor perfeito,

    nasce sempre uma saudade”.

    “Dos desertos dêste mundo,

    sei do mais desolador.

    – Uma alma sem esperança,

    um coração sem amor”.

    Adelmar Tavares da Silva Cavalcanti partiu em 20 de junho de 1963.

    Todavia, inspiração, inteligência e nobreza no tocante às trovas que produziu, ora transcritas, vivaz esperança, nesta ultima quadra, a qual por isso mesmo julgo, primorosa.

    “Todo rio na corrente

    busca um rio, um lago, um mar…

    Mas o Destino da gente

    quem sabe onde vai parar?”

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