• Acabou a festa

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  • 20/02/2018 09:30

    Terminaram as festividades do carnaval deste ano; não acreditei que fossem prorrogadas ainda que ante a euforia dos foliões cariocas que certamente aproveitaram o ensejo para esquecer a lamentável situação por que atravessa, no caso particular, a cidade do Rio de Janeiro.

    Blocos, fantasias, bebidas, abraços e beijos, tudo a valer e até um bloco cujos integrantes vestiam fantasias cujos rostos não se conseguia visualizar e pasmem, aproveitavam munidos de fuzis para atirar a esmo e acertarem com tiros não sei o que ou a quem; diante do escárnio, alguns acabaram detidos.

    Por outro lado, um grupo de turistas estrangeiros bebendo e sorrindo e eu a pensar, diante da desordem montada, se realmente utilizariam os bilhetes aéreos de retorno ao país de origem.

    Cabe ressaltar a propósito de tal festividade que o prefeito da cidade maravilhosa, em contra partida, decidiu viajar à Paris e acabou por ser vaiado na Marquês de Sapucaí.

    Em verdade, diante dos graves acontecimentos que vêm se sucedendo no Rio de Janeiro, o carioca já deve estar com a paciência “a transbordar”, até porque com o direito de ir e vir cerceado pela bandidagem, o único remédio é, rezar.

    Ah, “uma boa notícia!”

    O Presidente da República decidiu criar mais um ministério, o da Segurança Pública, que segundo o chefe da nação terá atuação conjunta com os estados e municípios, além das Polícias Federal e Rodoviária Federal. 

    A solução sob enfoque quer me parecer um tanto ao quanto, desculpem-me, “sem pé nem cabeça”; tomara que eu esteja equivocado; a meu ver, com vistas a resolução do tema segurança, não só com relação ao estado do Rio de Janeiro, como a outros da federação, há que se reconhecer que existem, de há muito, raízes de natureza, as mais profundas e delicadas que possibilitam a prática de tais atos, todavia sempre combatidos por intermédio de remédios inadequados.

    Buscar diretrizes e soluções para a diminuição da criminalidade hão que ser perseguidas, não há dúvida; entretanto, não se pode deixar de considerar que outros fatores interferem sobre a gama de desocupados transformados em deliquentes, aos quais, certamente, não lhes foi possível o acesso às escolas, à saúde e a outros direitos fundamentais previstos em nossa Carta Magna, tudo a contribuir, sem dúvida, para o acesso de caminhos tortuosos.

    Há, ainda, que ser indagado em quem ou em que se espelham esses malfeitores para a prática de atos delituosos, naturalmente, sem dúvida, sustentados e incentivados pela droga.

    Constata-se, entretanto, a existência de outros, também “fracos”, a praticar delitos agindo sem fuzis e revólveres; suas armas são outras.

    E fato inegável que não é somente no Rio de Janeiro que vem ocorrendo barbáries, e não adianta “tapar o sol com a peneira”; vivemos quase que uma guerra civil com policiais que são feridos e mortos como se representassem, apenas, a contagem do número deles que são eliminados ou quedam aleijados, o mesmo ocorrendo com crianças e jovens que perdem a vida em decorrência de balas perdidas.

    Ressalte-se, a derradeiro, que no tocante as principais vias que dão acesso ao centro do Rio, as pessoas “ganham na loteria” quando deixam de ser abordados com violência, pelos bandidos.

    E cabe a indagação: alguns aconselham a aquisição de um bilhete aéreo só de ida para qualquer país europeu; outros, entretanto, ficam no aguardo de providências a serem emanadas do Congresso Nacional através da aprovação de legislação mais severa e outros, como eu, naturalmente sem discordar dos primeiros, fico a pensar no sentido de que o próximo carnaval seja de paz e de divertimento por parte da população, em especial, do Rio de Janeiro. Será utopia?

     

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