• Absurdo inominável

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  • 28/06/2016 12:00

    Mas, senhores, o que é isso?

    Isso o quê?

    Isto: bela apresentadora Fátima Bernardes conduzindo a Tocha Olímpica em Petrópolis?!

    Ninguém falou até agora; digo eu: um absurdo inominável!

    E assim penso: tanta gente petropolitana de peso e trabalho, dignos cidadãos que honram e têm honrado a vida pessoal e municipal, ficam à margem da extrema honraria para dar lugar a uma bela apresentadora que, até que me provem o contrário, nada tem a ver com Petrópolis!?

    A honra de desfilar com a chama da cordialidade mundial – que o esporte tão bem representa – deve ser conferida a cidadãos petropolitanos natos ou adotivos que tenham raízes de trabalho digno e participação na vida comum e comunitária, com marcos assinalados e fincados na terra onde vivem e à qual têm dignificado.

    A indicação, por exemplo, do fundista Seu Nonô é justíssima, como também do grande treinador e responsável pela gloriosa Equipe Pé de Vento. Estes dois, sim, têm seus pés fincados na terra, no saibro, no macadame das ruas, nos asfaltos das esquinas petropolitanas e mundiais. Eles representarão, como ninguém mais, o esporte petropolitano porque elevam diuturnamente a vida esportiva do Município e do nosso Estado do Rio de Janeiro.

    Uma honra, senhores encarregados da escolha dos participantes, que não pode estar ligada a interesses políticos ou de satisfação íntima do bejinho na face de personalidades televisivas, com elas posando para a mídia e aparecendo na tela do jornal nacional.

    A condução da Tocha Olímpica é momento de seleção justa e oportunidade ímpar para premiar aqueles que a cidade viu nascer ou acolhe por vida e trabalho, em registro de nosso reconhecimento e justo apreço.

    Ainda é tempo para pensar e repensar. Sejamos petropolitanos no sentido de comunidade guerreira, aproveitando o raro momento onde não devem ocorrer promoções pessoais e políticas, na contramão do bom senso e da responsabilidade histórica. 

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