• Abril Azul alerta sobre a importância do acompanhamento profissional para crianças com espectro do autismo

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  • 22/04/2022 09:57
    Por Helen Salgado

    Abril é o mês de conscientização sobre o autismo. Tão importante quanto falar sobre o tema, é entender e buscar informações para lidar com esse transtorno da melhor maneira. A incidência no número de diagnósticos de autismo tem aumentado consideravelmente de alguns anos para cá. Isso porque, atualmente, as pessoas entendem melhor o que é esse transtorno.

    De acordo com a fisioterapeuta pós-graduada em psicomotricidade em transtorno do espectro do autismo, Verônica Guerra, o autismo não é desenvolvido com os anos, mas o indivíduo nasce com ele e que esse é um problema de neurodesenvolvimento relativamente novo – possui 80 anos.

    Por ser recente, muitos idosos estão sendo diagnosticados com autismo. Além disso, atualmente, percebe-se uma mudança na maneira de enxergar esse diagnóstico. Exemplo disso é a forma como é chamado: ‘espectro do autismo’. É intitulado dessa maneira porque são nuances que o indivíduo tem. Há pouco tempo, esse transtorno era conhecido por alguns sintomas chamados de clássicos, como o balanceio para frente e para trás e a falta de contato visual. No entanto, hoje, esses indicativos vem “caindo por terra”.

    Acompanhamento profissional e resultados

    Verônica explica que a psicomotricidade e o yoga possuem um entendimento do corpo como um material pedagógico e um instrumento de autoconhecimento. Através dos elementos psicomotores, coordenação motora ampla e fina, ritmo, lateralidade, orientação do que é espaço e tempo é possível integrar o corpo aos sentimentos e ao intelecto da criança autista.

    Além disso, essas técnicas ajudam a criança a organizar a senso percepção do ambiente. O autista tem como característica a dificuldade no seu cérebro social, no relacionamento com seus pares, objetos e senso percepção do ambiente. Esses são indivíduos que percebem excessivamente o ambiente, todo esse trabalho vai fazendo – permeado com a música e o seu poder de eletromagnetismo, além da literatura – com que seja possível obter resultados como a diminuição da ansiedade e uma autogestão do seu próprio corpo.

    Entendimento sobre o transtorno

    A profissional diz que os indivíduos que possuem o espectro do autismo normalmente se bastam na relação dele com ele mesmo. “É difícil para o autista perceber que existe algo além dele. Conforme o trabalho vai acontecendo, esse indivíduo vai entendendo isso. É muito comum essas crianças reagirem com birras e desorganizações. O nosso grande desafio é justamente fazer com que essa criança entenda que o mundo é tão importante quanto ela mesma”, explica Verônica.

    Atendimento online

    Durante a pandemia, a profissional atendeu diversas pessoas de forma online e conta como teve que se reorganizar para fazer todos os atendimentos da melhor maneira.

    “A organização é essencial para o autista. O que é essencial para qualquer pessoa, é a higiene do sono, alimentação e o autocuidado. Organizar um ambiente familiar e escolar, isso para um autista é essencial. Então, isso faz com que a gente se modifique, eu tive que me readaptar e ressignificar muita coisa dentro desse encontro online”, diz.

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