• Abimaq: receita líquida total do setor cresceu 2,5% em abril ante março

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  • 29/maio 14:38
    Por Francisco Carlos de Assis / Estadão

    A indústria brasileira de máquinas e equipamentos percebeu em abril uma receita líquida de R$ 25 bilhões. Em termos comparativos, este valor representa um aumento de 2,5% sobre o de março e um avanço de 9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano até abril, houve um crescimento de 13,4% sobe igual período do ano passado. Nos 12 meses encerrados em abril, a receita líquida do setor acumulou alta de 0,9%.

    Na análise descontada os efeitos sazonais, a receita líquida do setor de máquinas e equipamentos em abril registrou um aumento de 4,8% na margem, o que segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), anula a queda de 4,7% registrada no mês anterior.

    Esse resultado foi impulsionado pela melhora tanto no mercado doméstico quanto nas exportações, que cresceram 6,8% e 1,4%, respectivamente. Com isso, a receita líquida total do setor acumulou alta de 13,4% no período de janeiro a abril, comparado ao mesmo período de 2024.

    Ainda, de acordo com a Abimaq, o mercado doméstico movimentou R$ 18,6 bilhões em abril, com aumento de 14,7% sobre abril de 2024 e 6,8% em relação a março, com ajuste sazonal. No acumulado do ano, o crescimento foi de 17,1% frente ao mesmo período de 2024, com ligeira desaceleração frente ao desempenho até março, que foi de uma alta de 17,9%.

    Nuci

    A utilização da capacidade instalada da indústria de máquinas e equipamentos estabilizou-se em 77,6% em abril, mostrando uma aceleração de 5,1 ponto porcentual em relação a abril de 2024, segundo a Abimaq, entidade que congrega as empresas do setor, com média de 77% no quadrimestre, frente a 73% no mesmo período do ano passado.

    A carteira de pedidos avançou 3,9% no mês, com destaque para máquinas agrícolas, com alta de 14,1%, e componentes, com crescimento de 6,3%, embora ainda esteja 1,5% abaixo do registrado em 2024.

    O emprego no setor também cresceu, atingindo 422 mil trabalhadores, alta de 2,5% sobre março e 33 mil postos a mais em relação a abril de 2024, que tinha avançado 8,6%, com destaque para os segmentos de máquinas agrícolas, máquinas para construção civil e para bens de consumo, que registraram altas significativas de mão de obra de (7,5%, 7,9% e 10,2%, respectivamente.

    Mercado Externo

    As exportações somaram US$ 1,04 bilhão em abril, com crescimento de 1,1% em relação a março, mas ainda 12,9% abaixo de abril de 2024. No acumulado do ano até abril, as exportações recuaram 7,8% frente ao mesmo período do ano anterior, agravando a queda de 5,7% observada até março. Apesar disso, cinco dos sete grupos setoriais registraram melhora em abril, com destaque para máquinas para logística e construção civil e máquinas para bens de consumo (alimentos, bebidas, madeira e ginástica).

    As exportações para a América do Sul cresceram 10,7%, com destaque para a Argentina, com 48,8%, enquanto a China aumentou suas compras em 107,5%, tornando-se o 8º destino do setor. Por outro lado, as exportações para a América do Norte recuaram 22,7% no acumulado do ano, embora tenham crescido 41,6% em abril. Os Estados Unidos, principais compradores, ainda acumulam queda de 22,4% em 2025.

    As importações mantiveram a trajetória de crescimento, somando US$ 10,4 bilhões no quadrimestre, alta de 11,8% em relação a 2024, a maior da série histórica para o período. Apesar da desvalorização de 16,7% do real frente ao dólar, a queda nos preços médios das máquinas importadas em 6,8%, entre outros fatores, viabilizaram o aumento do quantum importado, em 19,6%.

    Em abril, o consumo aparente de máquinas e equipamentos cresceu 10% frente a março, com ajuste sazonal, 16,3% na comparação anual e 21,6% no acumulado de 2025. Contudo, 48% do consumo foi suprido por importações, ante 46% em 2024, demonstrando perda de competitividade da indústria nacional. A participação chinesa nas importações saltou para 33%, ultrapassando com grande folga os Estados Unidos e a Alemanha, consolidando-se como principal origem das máquinas e equipamentos comprados pelo Brasil.

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