Abel critica Palmeiras, mas confia em reviravolta: ‘Replicar o jogo com eficiência nas chances’
Abel Ferreira foi um tanto crítico com o elenco do Palmeiras após a derrota por 1 a 0 para o Corinthians no jogo de ida da final do Paulistão, no Allianz Parque, neste domingo. Após sua equipe finalizar 22 vezes e não conseguir nenhum gol, o técnico lamentou a falta de eficácia e admitiu que alguns jogadores não renderam o esperado. Após elogiar o comportamento do oponente, mostrou confiança em reviravolta caso haja “eficiência” na Neo Química Arena, no dia 27.
“Futebol é eficácia e hoje nós não conseguimos. Chutamos oito bolas no gol e não anotamos. Eles acertaram uma e ganharam. Não me lembro de nenhuma defesa do Weverton”, ressaltou o português, um tanto abatido. “Apesar de terem vindo para marcar, apesar de terem produzido pouco, apesar de terem vindo para jogar em contra-ataque, eles foram extremamente eficazes”, disse o técnico.
Com respostas mais pausadas e medindo as palavras, Abel Ferreira acabou evitando criticar a postura defensiva do Corinthians e “culpou” seu time pela derrota. “É uma final de duas mãos (ida e volta). Entramos muito bem nos primeiros 15 minutos, o jogador deles tirou um gol em cima da linha. A partir dali, o adversário conseguiu abrir um homem livre no meio deles e ficar mais com a bola, mesmo sem atacar, e não me lembro de uma defesa do Weverton. Não lembro, nem em escanteios, onde são perigosos, seguiu, antes de listar as falhas alviverdes.
“Eles nos tiraram a bola, foram bem se defendendo e temos de dar os méritos. Mas podíamos ter passado a bola de lado e não passamos, demos contra-ataque. No lance do gol, a bola voltou para o Ríos e ele errou. Tivemos jogadas na qual tentamos encarar três, quatro, podemos dar a bola para outros serem protagonistas. Em jogos como esse, também precisamos mais de armação, precisamos mais do Veiga”, disparou.
As críticas serve, também, para o técnico mexer com o brio de seu grupo. Em todas as três conquistas do estadual, o Palmeiras saiu em desvantagem ou com empate no jogo da ida e reverteu. Ocorre que todos foram dentro de casa. Agora, terá de quebrar a invencibilidade corintiana na Neo Química Arena.
“Se jogarmos 10 partidas desta maneira, ganharemos oito. Se forem cinco, vamos ganhar quatro. Desta vez não fomos bem nem no jogo jogado, nem na transição e nem em bola parada. Mas não temos nada a perder e vamos tentar o nosso melhor para reverter esse resultado”, garantiu. Seria seu maior desafio?
“Meu maior desafio foi atravessar o (oceano) Atlântico para treinar o Palmeiras. Agora é prepararmos, não temos nada a perder”, repetiu. “Não serão em 24 horas não, só daqui não sei quanto tempo (11 dias). A Federação Paulista deixou prolongar, o Carioca conseguiu fazer a final, o Paulista não, mas não vamos entrar por aí, vamos nos preparar, com quem tivermos, para ir disputar a final. Não temos nada a perder e espero que o time seja capaz de replicar esse jogo em eficiência nas oportunidades na casa do adversário.”