Em alguns pontos do local, há acumulo de água parada, o que preocupa neste período de surto de dengue
*Atualizado às 12h08 para inclusão da resposta da Prefeitura
Um dos pontos turísticos da cidade, o Parque Cremerie tem sido, há algum tempo, alvo de críticas de frequentadores, devido a falta de conservação do espaço. Neste sábado (16), a equipe da Tribuna de Petrópolis esteve no local e encontrou diversos problemas. Em um dos pontos, entre a piscina e o parquinho infantil, um ralo está entupido e causa o acúmulo de água, que preocupa neste período de surto de dengue.
Em julho do ano passado, a Prefeitura anunciou que promoveria uma “grande reforma” no parque, pelo valor de R$ 3 milhões de contrapartidas ambientais. No entanto, cerca de oito meses após o anúncio, a situação ainda é crítica e as construções anunciadas, como a quadra poliesportiva coberta e um campo de futebol, não saíram do papel.
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“Esse lugar é muito lindo, maravilhoso, mas ele está muito jogado, largado. Petrópolis é uma cidade turística e isso aqui também é um lugar para passeio e turismo”, disse a fonoaudióloga Hilda Barreto, de 55 anos.
Logo na entrada, já é possível perceber problemas na academia da terceira idade. Diversos aparelhos estão quebrados e enferrujados. Ao lado, patos recém-chocados estão em uma gaiola com a água suja.
No parquinho das crianças, os escorregadores também estão quebrados e o chão está com desníveis. “Os brinquedos estão precisando de reparo e cuidados”, afirmou a cuidadora de idosos Mariana Christi, 35, que estava no local com a filha.
As piscinas estão desativadas. Ao lado delas, é possível perceber alguns entulhos, como telhas e um acumulado que parece material de obra. Segundo a Prefeitura, uma equipe da Comdep trabalha diariamente no local para manutenção e limpeza, para evitar focos de dengue.
A quadra poliesportiva também está com avarias na cerca. O operador de loja Lucas Santos, de 20 anos, costuma frequentar o parque e ainda afirma que, pelo menos, a limpeza do espaço melhorou. Na quadra, diz que tem algumas partes em que falta pó de pedra e afirma que o parquinho poderia melhorar. “Acredito que poderia ter mais brinquedo para as crianças”, sugeriu.
Os fundos do parque também viraram um local de descarte de lixo verde. No espaço, é possível perceber diversas sacolas pretas e galhos de árvores acumulados. Ali perto, uma manilha também está cheia de pequenos troncos, em sinal de abandono.
“Acho que pode organizar mais, pode melhorar cada vez mais, porque esse é um ambiente de família, agradável, para as pessoas poderem curtir e aproveitar”, disse a cabeleireira Daiana Ramos, de 38 anos.
Procurada, a Secretaria de Meio Ambiente voltou a citar o projeto da “grande reforma”, prometido há cerca de oito meses. Disse que o trabalho já vem sendo feito no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes (Itaipava) e no Parque Natural Municipal Padre Quinha (Ipiranga).
Disse ainda que a Secretaria de Meio Ambiente e a Comdep atuam de forma pontual no parque. “Diariamente, uma equipe da Comdep trabalham na unidade, na manutenção e na limpeza – evitando, inclusive, qualquer água parada ou focos do mosquito da dengue. A piscina e o vestiário estão passando por melhorias (troca de telhado, pintura de paredes, manutenção das bombas, dos filtros e dos aquecedores)”, diz a nota.