Abandono: cai parte da fachada do antigo prédio do Banco do Brasil
Abandono, descaso, crime contra o patrimônio público. Na manhã de ontem, o prédio do Banco do Brasil, que fica na esquina da Rua Alencar Lima com a Rua do Imperador, começou a ruir. Um reboco, que fica na parte lateral do imóvel, que é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), caiu na manhã de ontem, deixando mais uma marca da situação precária de um bem histórico, que fica no centro da cidade. Na parte externa é possível notar, ainda, o acúmulo de poeira e teias de aranha.
No local funcionou uma antiga agência do Banco do Brasil, que precisou ser transferida, porque o prédio não tem acessibilidade e por ser tombado sua estrutura não pode ser alterada. Desde 2012, o imóvel está de portas fechadas e não recebe nenhuma atenção por parte dos proprietários. O prédio foi construído em 1926, por João Glasl Veiga, e inaugurado em 1928, para servir de sede ao Banco de Petrópolis, no mesmo lugar onde esteve erguido o Hotel Bragança, demolido no início do século passado. Em seguida foi adquirido pelo Banco do Brasil, que começou a utilizá-lo em 1932.
Em fevereiro deste ano, a prefeitura publicou um decreto no Diário Oficial, tornando o imóvel de utilidade pública. Porém, no mês de março, a assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou que o prédio estava à venda e que aguardava apenas a conclusão de procedimentos internos da área jurídica da instituição, que estava analisando as propostas já apresentadas.
A Tribuna questionou o Inepac sobre o processo de fiscalização para casos de abandono de um bem tombado, mas não obteve retorno. O Banco do Brasil e a Prefeitura de Petrópolis também foram consultados, mas não se pronunciaram até o fechamento desta edição.