• Abaixo-assinado pede reforma da Escola São José do Caetitu

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  • 26/08/2016 16:55

    Pais e amigos da Escola São José do Caetitu, localizada no bairro Caetitu, estão fazendo um abaixo-assinado solicitando à Prefeitura de Petrópolis que realize obras estruturais na unidade. Em 2012, o telhado da escola foi condenado pela Defesa Civil, mas, ainda assim, nenhum reparo foi feito na unidade. Uma petição foi entregue nessa semana à Secretaria de Educação pedindo para que seja confirmada a data de início das obras. O abaixo-assinado, que é online e já reúne 215 assinaturas, está no site secure.avaaz.org.

    A atual conselheira da escola, representante da comunidade, Naila Pinheiro, afirma que a luta por melhorias na escola já dura 17 anos. “É importante salientar que muitas crianças que moram na comunidade estão em outras escolas, porque as mães têm medo de que o telhado possa cair sobre elas. Cerca de 30% dos alunos são da comunidade e o restante vem de outros locais, como bairro da Glória. A responsabilidade de fazer obras é da prefeitura. Desde 2012 o telhado está condenado e há um ano estamos participando de reuniões com a Secretaria de Educação para tentar resolver a questão. Fui eleita conselheira da escola e represento a comunidade, que não aguenta mais praticamente implorar para que algo seja feito em favor das crianças”, conta Naila.

    Ainda de acordo com Naila, há um ano a prefeitura orçou a obra em R$ 150 mil. A comunidade, por sua vez, fez um novo orçamento, que ficou em R$ 75 mil e, neste ano, o valor que a prefeitura passou foi outro. “Agora, eles dizem que a obra custará R$ 450 mil. Como pode isso? Já temos a doação do material para consertar o telhado. Precisamos do alvará e que a prefeitura arque com o restante, mão de obra e acompanhamento das benfeitorias”, disse Naila.

    Naila contou que, há dez dias, a Secretaria de Educação ofereceu a Casa de Formação, no Castelo São Manoel, para abrigar os alunos. “Essa seria uma solução para que os cerca de 200 alunos não fiquem sem aula durante a obra. Mas, precisamos ter certeza que a obra será realizada. Isso foi abordado em uma reunião realizada no dia 16 de agosto, com representantes da Secretaria de Obras também”, afirmou.

    Na última quinta-feira (25), os pais e os integrantes do conselho da escola entregaram na Secretaria de Educação uma petição. O documento solicita um posicionamento quanto à previsão do início das obras na escola e o que será disponibilizado para a mudança da unidade escolar para o Castelo São Manoel. Questiona também se serão feitas as adequações necessárias na Casa de Formação, como a colocação de divisórias, telas de proteção, iluminação e o transporte escolar para alunos moradores do Caetitu. O documento afirma ainda que a mudança dos alunos só ocorrerá mediante o posicionamento da prefeitura no que diz respeito à data confirmada de início das obras na escola São José do Caetitu. Solicita também que seja feita uma nova inspeção da Defesa Civil no local para expedir um novo laudo das condições da escola.

    Dentro da escola a situação não é diferente. Segundo informações de Naila, tem sala de aula com escora para o telhado não cair e as goteiras existem em todos os lugares.

    “Pedimos essa reforma há muito tempo. Só existem promessas e nada é resolvido. A escola é maravilhosa, ótimos funcionários, professores e o lugar é maravilhoso. A gente está pedindo uma reforma, um telhado novo para proteger as crianças e funcionários. Nós já fomos na secretaria antes com um abaixo-assinado, isso foi há uns três anos, e nos disseram que a escola seria a primeira a ser reformada e que já estava na lista, mas, até hoje, nada aconteceu. A casa está uma vergonha, tem muito cupim na escola e começo a achar que o problema é discriminação. São vidas em jogo, não só das crianças, mas dos funcionários também. É um descaso sem igual”, reclamou Jane Maria Oliveira da Cruz, que tem um filho e um neto que estudam na escola.

    Moradora da comunidade, Jaqueline Gorges afirma que a escola está caindo aos pedaços. “Meus filhos estudaram ali, é uma pena. Acho que o mínimo que a comunidade precisa é de um lugar seguro para abrigar as crianças. É inacreditável que a escola continue dessa forma. As condições colocam em risco a vida dos funcionários também”.

    A Secretaria de Educação informou que a escola passará por uma ampla reforma. Para que a obra fosse possível, a secretaria trabalhou, nos últimos meses, para levantar recursos e conseguir um espaço temporário para receber os alunos durante as intervenções. 


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