
A Vozes em Petrópolis
Retornemos ao ano de 1901, ou mais precisamente o dia 5 de março, eis que nascia nesta terra de Pedro a “Typografia da Escola Gratuita São José”.
Seus encargos iniciais, a impressão de livros didáticos com a finalidade de atender as necessidades da Escola Gratuita São José.
Destaque-se — e não poderia ser diferente — que a atuação e bem assim a resiliência do Frei Inácio Hinte, nascido na Alemanha onde fora aprendiz de topógrafo, foram fundamentais no sentido de que o empreendimento viesse a dar bons frutos, justamente pela utilização da impressora “Alauzet”, recuperada graças ao sacerdote, possibilitando as inúmeras vitórias alcançadas pela então Typografia cuja denominação, em 1911, passou a ser consagrada como Editora Vozes, inspiração lastreada na revista de cultura Vozes de Petrópolis (1907), sob os cuidados de religiosos franciscanos.
Assim é que a história da Editora Vozes, orgulho de nossa cidade em razão das sem número de obras publicadas e continuando a sê-las, possibilitou que muitos escritores, dos mais variados matizes, viessem a buscá-la para que fossem suas obras impressas, sempre com o devido capricho e absoluta perfeição.
Por isso mesmo, desde épocas pretéritas como na atualidade, o conceito da Editora só a crescer, quiçá transpondo novos desafios, novas trajetórias, tudo superando com absoluta competência e com o mais alto grau de responsabilidade e perfeição.
Meus caros, gozei da premiação, ato de generosidade, por haver recebido das mãos de um grande amigo a Folhinha do ano corrente, “Coração de Jesus”.
E no ensejo quando registro estas modestas linhas, tive a oportunidade de ler o que escreveu o Frei Edrian Josué Pasini OFM, criador da Folhinha do S.C.J, a propósito do assunto que ora me debruço – a Editora Vozes – “ippsis verbis”:
“Da Editora Vozes, em seus 124 anos, muito se poderia dizer.
Sua história se agiganta quando sua importância é reconhecida pelos colaboradores e leitores. O que a distingue, mais do que o seu expressivo lema “Uma vida pelo livro”, é sua perseverança e lucidez de, em cada época, apresentar obras que ampliam conhecimentos reverberados em páginas e mais páginas nas mentes que os acolhem. À querida Vozes, nossos parabéns e votos de uma vida longa e profícua!
Encerro estas toscas, porém sinceras palavras para fazer minhas as importantes colocações do respeitável sacerdote, deixando aqui externado também, mais uma vez, a propósito do meu sentimento de imensa alegria e contentamento pelo aniversário que ora se comemora fruto, sem dúvida, de tantas vitórias fundamentadas em credibilidade e sobretudo pela excelência de suas produções e notáveis serviços prestados, especialmente à comunidade literária petropolitana.
Petropolitanos, parabéns por disporem em seu seio da VOZES em Petrópolis”.