• A vivência dentro do saber e da razão

  • 17/08/2018 12:00

    Viver não significa respirar e tentar usufruir das contemporaneidades do momento, das esperas, dos absolutismos das matérias, mas, sim, trazer à nossa respiração diária um ato de agradecimento, de restabelecimento de nossas forças, de nossas exigências, da imemorabilidade de amplos aspectos físicos e espirituais. Sim, o viver, dentro de uma plenitude de razão e de sabedoria, nos dará a imunidade certa a ser adquirida através das vicissitudes e das vontades, de uma curta sabedoria e de posicionamentos de momento e nos lugares onde a estruturação se manifestar como essência divina. 

    Somos objetos perfeitos, máquinas perfeitas colocadas a mais aperfeiçoamentos, a determinantes de maiores importâncias, a se fazerem presentes em nossas vidas, de acordo com os pensamentos e as necessidades de nosso viver.

    A razão e a ponderação deverão filiar-se sempre a nós, sem nos destruirem os sentimentos e as sensibilidades, mas sempre se antepondo em nosso viver a nos clarearem e posicionarem cada vez mais dentro de um complexo necessário de vida.

    Somos planejamentos, pertencemos às razões maiores articuladas a nosso favorecimento e disposição, mas toda esta estrutura nos deixa arcar sozinhos com as demonstrações que nós mesmos precisaremos ofertar e dar. Acima de tudo, a aparelhagem orgânica, que é posta à nossa disposição, precisará ser mantida, respeitosamente, para que nada se destrua, ou seja colocado de forma errada ou compulsoriamente.

    A plena razão de existir, de viver, deve ser pensada e articulada dentro das estabilidades de cada um de nós, na maleabilidade de nossas percepções espirituais, dentro de cada aspecto fisiológico e vivencial, diante do campo visual terreno, espiritual, emocional e físico.

    A moralização em nossa vida, a plenitude da razão em nosso viver, a sabedoria em saber manejar esta razão, nesta ou de outra vida, aqui ou em outra esfera, irão depender do fluxo percorrido pelo Espírito através das dimensões reencarnatórias.

    O viver, a vida em si, para muitos, é simples gotejar de lágrimas; é um governar de ambições e credos; é um arquear de cenhos ao observar uma criatura que mal se assemelha a si e se traduz em necessidades; é articular palavras a esmo e deixar-se cair em lástimas, momentos e ofertas; é aparelhar-se e munir-se das tantas essências absurdas e desnecessárias.

    A vida em si, para muitos, é simplicidade em existir, afloramento de simples sentimentos, é acolhida da natureza a todas as manhãs, tardes e noites, é um amealhar de carinhos e sentimentos sem medir ou abusar, é sentir-se em plenitude abençoada e esmerada de existir plenamente. 

    A vida é oferta de magnitude em qualquer momento, a qualquer Espírito que já possa penetrar nas profundas manifestações da Natureza que se realizam em seu próprio íntimo.

    Trabalhando, elucidando e tentando penetrar nas profundas razões de uma forma de vida, dentro dos preâmbulos que nos envolvem e aos quais somos obrigados a ultrapassar e conviver, seremos, paralelamente, partes eternas a se remodelarem e se reeditarem para que o Criador jamais Se sinta desprestigiado com as Suas criações.

    A razão e a sabedoria precisam andar equilibradas, para que o equilíbrio não se quebre, e, mesmo que se façam em pequenas doses, possamos saber distinguir quem somos, para que viemos e o que, realmente, precisamos fazer ou recompletar.

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