• A tristeza da Serpente

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  • 02/08/2018 11:07

    No final da década de 40, o prefeito do Rio era Angelo Mendes de Morais, totalmente careca, e daí surgiu a piada de que o diretor do Zoológico encontrou a Serpente morta com um bilhete ao lado, dizendo – “De que adianta Ser-pente se o prefeito é careca” –  mas criativa.

    Partindo desse fato fico pensando, diante de minhas crônicas criticando a tudo e a todos. Se o povo é totalmente careca de responsabilidade, de ética, de postura, de zelo pelo que faz e pela coisa pública, destruindo tudo que encontra pela frente, totalmente individualista, egocêntrico e tudo o mais de negativo, impedindo por todos os meios a pacífica convivência em coletividade – por tudo isto é que não concebo e nem sem sebo ( outro trocadilho infame) para lustrar tantas carecas-cabeludas que nunca provaram a eficácia de tais pentes com dentes moralizadores. Portanto, se está difícil de se viver muito mais está de se conviver, se o individualismo é latente na falta de princípio em relação aos semelhantes – todos só olham  para seu espaço egocêntrico e, indiferentes, o resto que se dane – mas, no entanto sabem falar, contritamente, em Deus, nos diversos cultos religiosos – mas sempre por trás das cortinas, achando que podem se mascarar perante o Senhor.

    E a deterioração da capacidade da boa convivência será, por certo, culpa de políticos que dão o exemplo, como foi Leonel Brizola  que proibiu a policia subir os morros, e de Ulisses Guimarães que comandou a Constituição de ´88, talvez, a maior aberração já idealizada no país que protege bandidos, independente das quadrilhas que pertençam – dos morros ou de Brasilia, em viceral oposição aos órgãos moralizadores da Lava-Jato.

    Antigamente, os jovens que não tinham condições de estudar, iam trabalhar aos 14 anos para ajudar os pais – era legal. As mudanças “moralizadoras” determinaram que aquela idade era muito cedo para o oficio de aprendizagem e deixaram que os jovens se “proficionalizassem” nas esquinas e nos morros junto com maus elementos para um futuro mais fácil de ganhar mas arriscando a própria vida. 

    De qualquer forma é a tristeza de ser-pente, se a quem compete passar o “pente fino” na população não se atreve a tanto quando se curva perante a tal “Constituição” que a todos protegem negativamente, enquanto seu presidente sentia e destilava “ódio e nojo” de ditadura e, boçalmente achava que a “liberdade” deveria ser ilimitada – e deu no que está dando, para tristeza até da “serpente”.

    jrobertogullino@gmail.com

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