• A situação das UPAs

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  • 18/01/2018 11:50

    Na noite de segunda-feira (15), após participar em Nova Friburgo, da reunião do Fórum Regional dos Conselhos Municipais de Saúde Região Serrana, à noite em Petrópolis, como convidado participei de um encontro do Partido Socialista Brasileiro (PSB), cujo tema foi a “saúde do município”. 

    O encontro foi conduzido pelo presidente de honra do partido e ex-prefeito, Rubens Bomtempo, tendo ao seu lado dois ex-secretários de saúde do seu terceiro governo (2013/2016), André Pombo e Ricardo Patulea. 

    Não vou entrar nas questões políticas e muito menos nas criticas feitas por eles as medidas tomadas pela atual gestão municipal, sob o comando do prefeito Bernardo Rossi. 

    Mas, quero ressaltar um dos assuntos do encontro, que foi sobre as duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Centro e Cascatinha, cuja expectativa de todos, é pela decisão do juiz da 4ª Vara Cível de Petrópolis, Jorge Luiz Martins Alves, que deve sair amanhã (dia 17/01) ou nos próximos dias. 

    Os problemas apontados pelos dois secretários e servidores da saúde, que participaram do encontro, não foi nenhuma novidade para quem está acompanhando o processo de mudança na administração das UPAs desde setembro. 

    O que fica claro, e sobre isto já manifestei em depoimento prestado ao magistrado da 4ª Vara Cível, é a insatisfação dos trabalhadores com a forma de contratação, por meio de cooperativa, que retirou deles todos os direitos sociais trabalhistas que tinham antes, quando as contratações eram pelo sistema CLT. 

    É evidente que toda mudança causa transtornos, porém, a mudança na forma de administração das UPAs mostrou e está mostrando que, o principalmente objetivo das UPAs começa, ou já está há algum tempo, totalmente comprometido, que é o atendimento à população. 

    Não entro no mérito da questão se o governo anterior soube administrar melhor do que o atual, ou se o atual cometeu erro ao fazer o pregão que teve como vencedor o Consórcio Saúde Legal. Mas, como cidadão petropolitano e atualmente como presidente do Conselho Municipal de Saúde não tenho dúvida que a mudança no formato administrativo das UPAs vem causando um dano irreparável ao sistema de saúde do município. Além dos mais, tem prejudicado o atendimento à população. Antes, com a Cruz Vermelha havia problemas, porém conseguiu-se fechar o ano de 2016 com o atendimento que dava sinais de referência e de qualidade para população. 

    Acredito que, neste momento, o prefeito Bernardo Rossi tem uma avaliação muito mais detalhada da situação do que eu e por isso, creio que as informações que me chegam sejam verdadeiras e que mudanças podem acontecer em prol de um atendimento com qualidade e eficiência, pois é isto que o Conselho Municipal de Saúde vem cobrando. 

    Mas, as mudanças, sejam elas quais forem, ainda depende da decisão do juiz da 4ª Vara Cível. 

    Sobre a reunião em si, os dois ex-secretários apresentaram os números do governo anterior, fizeram as devidas comparações, ressaltaram situações que para eles são problemas e apontaram soluções. O ex-prefeito também teve o mesmo posicionamento, mas sugeriu aos seus companheiros atenção aos problemas e que denunciem as irregularidades. 

    Para concluir, você pode perguntar: por que participei deste encontro?

    Simples: como cidadão devo ouvir todas as opiniões para formar a minha; como convidado, responder a um convite de amigos e pessoas que respeito; como presidente do COMSAÚDE, ouvir a avaliação de dois ex-secretários de Saúde, como tenho ouvido o atual secretário e assim formar minha opinião como presidente do Conselho Municipal de Saúde. 

    No mais, tenho o compromisso de lutar por uma saúde melhor, pois acredito no SUS, como um sistema eficaz para atender a população. Por isso, temos que estar unidos contra as medidas do Ministério da Saúde, que nos últimos anos tem promovido o desmonte do SUS, reduzindo o financiamento público federal.

    Veja mais no blog www.rogeriotosta.com.br


    Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Jornal Tribuna de Petrópolis.

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