• A penitência em nossa vida II

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  • 27/01/2017 12:00

    Continuando a apreciação sobre o tema penitência, observamos que muitos diriam que a penitência a que nos referimos se torna muito difícil de ser efetuada nas vivências atuais e que a reclusão nos envolve por medo de nos vermos falsear ou nos sentirmos diminutos e em posições depreciatórias, porém o que importa isto, o que importarão a nós os comentários adjuntos se, realmente, a nossa consciência está exigindo de nós uma retratação? 

    O que irá importar-nos a conclusão alheia, se já atingimos um estágio de livre discussão e arbitramento íntimo? 

    Sim, penitenciemo-nos, agora, diante de nós mesmos e das almas irmãs, para que, na vida fluídica, não nos vejamos atordoados e em tentativas vãs diante das almas sem percepções atuantes a detectarem nossa presença para as desculpas tardias. 

    Realmente, o ato penitencial precisará ser feito em legitimidade de intenções, para que mais uma vez não nos ocultemos em subterfúgios, pois para que estes atos tenham consistência e possam colocar-nos em melhores posicionamentos espirituais, será preciso que nosso Pai os veja saírem do âmago de nossas almas e na busca real de uma correção nas divergências dilatadas.

    Meus irmãos, penitenciemo-nos por nós mesmos, para que a verdadeira prática da caridade se inicie em nós, na correeção imediata, pois este posicionamento, cabível a irmãos que habitam o mesmo teto infinito, precisa ser efetuado e trazido a termos lícitos na objetivação de comportamentos leais e amigos. 

    Penitenciemo-nos primeiro com a nossa consciência, para que não nos reneguemos espiritualmente e dispensemos os vales das sombras na real vivência; penitenciemo-nos diante de cada irmão insultado por nossos atos e palavras, por tempestuosas manifestações, por vaidades ou orgulhos exacerbados para que a culpa não nos persiga e os ultrajes não assumam apresentações gigantescas a nos surgirem como monstros devoradores em nossos sonhos e lidas espirituais; penitenciemo-nos a cada dia diante das infusões de maledicências e insalubridades que nos acolhem na materialidade necessária da vivência cármica, para que as formas assumidas em corpo físico ou espiritual não as registrem demonstrando a epidemia orgânica, sensorial ou espiritual que nos alcançou em algum tempo, em alguma vivência; penitenciemo-nos na esperança de que nestes atos de deferimento às estruturas divinas, realmente, sejamos vistos como aprendizes do Evangelho e declinando dos posicionamentos negativos com vistas ao verdadeiro crescimento do Espírito; declinemo-nos, em verdade, para que, a cada ato de penitência, sejamos reconhecidos por uma busca real à grandeza espiritual; penitenciemo-nos sem nos importarmos com a imagem lançada, mas sim, na verdade de nós mesmos, buscando sinceramente reverter situações, abrir nossos braços, trazer aquele ou aqueles que calcamos de volta à consciência amiga e pacífica, deixando que nos vejam com intenções sinceras e irmãs. 

    Deus nos apontou as diversas formas de nos ressarcirmos de nossas culpas, porém, além de tentar articular a palavra "perdão", preciso se fará que nossas almas cresçam, descendo a atitudes de amor, humildade e perseverança. 

    Que estes objetivos possam estar sempre sendo visados por nós, para que não seja "um perdão" articulado que vá fazer-nos sentir envergonhados. Vergonha, será caminharmos com a culpa e não conseguirmos penitenciar-nos diante de nós mesmos e de nossos irmãos de caminhada. 

    Que Deus possa ajudar-nos a dilatar cada necessário momento de introspeção de culpa, a nos penitenciarmos com a verdadeira intenção das almas propensas à sua própria evolução na escalada espiritual divina.

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