• A.P.L, 102 primaveras!

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  • Si vis Vincere, Ale Primum Vere!

    03/set 08:00
    Por Fernando Costa

    A Academia Petropolitana de Letras pediu oficiar no dia 3 de agosto, Santa Missa na Capela do Colégio Santa Isabel, celebração Eucarística essa presidida pelo Revmo. Frei Fernando Araújo Lima e, durante os dias 29, 30 e 31 do mesmo mês realizou importante Congresso Literário ao ensejo das comemorações dos 102 anos de sua fundação na sede acadêmica situada à Praça da Liberdade, 247,  Casa Cláudio de Souza conforme explanação introdutória à ocasião feita pelo Exmo. Presidente Leandro Garcia.

    O tema do primeiro dia do colóquio abordou “APL e a História” onde as renomadas escritoras Lená Medeiros de Menezes (UERJ/IHGRJ) e Maria de Fátima Argon (APL/IHP) discorreram sobre o tema com a mediação da jornalista Carolina Freitas (APL). Os salões, repletos da filigrana cultural da Imperial Cidade assistiu as magníficas preleções demonstradas pela cultura desse grupo da intelectualidade.

    O tema abordado no segundo dia foi “APL e a LITERATURA” onde os escritores Antônio Torres (ABL/APL), Leandro Garcia (UFMG/APL/IHP) discorreram sobre o tema com a mediação de Marcelo Fernandes (SEE/SME/APL). Foram momentos inesquecíveis em beleza literária e notável saber.

    O encerramento do Congresso ocorreu na manhã de sábado, 31 de agosto, quando fomos brindados pelo sol e amenidade do clima a encantar até mesmo as marouflages, a secular azulejaria portuguesa e os vitrais da centenária casa de Cláudio de Souza a emoldurarem o tema escolhido “APL e o DIREITO” onde os escritores Ricardo Rodrigues Cardozo (Presidente do TJ/RJ), Cláudio Dell’Orto (Desembargador, professor e membro da APL) com a  mediação do professor Cleber Francisco Alves (Defensor Público-UFF/APL/APE), discorreram com elegância e profundidade o tema e demonstraram que a cultura, artes, beleza e o Direito caminham em harmonia no mesmo diapasão.

    A gloriosa Academia Petropolitana de Letras que tem na presidência o Acadêmico Leandro Garcia e vice-presidente e 1º secretário o Acadêmico Cleber Francisco Alves e, 2º secretário a Acadêmica Carmen Felicetti, primeiro tesoureiro, Acadêmica Luciana Cunha e, segundo tesoureiro, Acadêmico José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Relações Públicas e Cerimonial Acadêmico Fernando Antônio de Souza da Costa, Comunicações Acadêmica Carolina Freitas, 1º Bibliotecário acadêmico Marcelo J. Fernandes, 2º Acadêmico Sylvio Adalberto, no Conselho Fiscal os Acadêmicos, Joaquim Eloy Duarte dos Santos, Christiane Benaion Magno Michelin, Maria Isabel de Sá Earp Rezende Chaves, Luiz Carlos Gomes e Ataualpa Antônio Pereira Filho, unem-se aos incontáveis cultores das belas letras e admiradores para festejar e render graças ao ensejo de suas cento e duas primaveras!

    Nasceu em 03 de agosto de 1922 graças ao ideal de intelectuais e apóstolos das Letras que se imortalizaram ante esse legado de inestimável valor ao universo cultural da Imperial Cidade. Reproduzo um texto do Acadêmico Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos publicado à época na imprensa local: “A 28 de junho de 1922, reunia o incansável batalhador da Imprensa, Doutor. J. Roberto d’Escragnolle, na sede da sua conhecida “Agência Alex”, então localizada em uma sala da Pensão Petrópolis, os amigos e colegas do velho e conhecido jornalista Gregório de Almeida, o “Souvenir”, que falecera pouco antes; com o intuito de homenagear a memória desse velho amigo de Petrópolis. Repleta a pequena sala, fizeram-se ouvir, recordando a figura de Gregório: Arthur Barboza, Henrique Mercaldo, Hildegardo Silva, Armando Martins e Salomão Jorge; a senhorita Stella Aguiar, Raul Serrano, Reynaldo Chaves e outros, leram trabalhos em homenagem ao burilador das “Hortênsias”.

    Terminada a sessão e recolhendo-me a casa ainda sentindo soar-me aos ouvidos as harmonias dos versos recitados, fiquei a pensar sobre a possibilidade de se organizar em Petrópolis uma sociedade de letras onde intelectuais se reunissem de vez em quando, a fim de lerem entre si os seus trabalhos literários.

    Nesse estado de espírito escrevi ao Doutor d’Escragnolle”. Assim, no dia 03 de agosto de 1922, cem anos da Independência do Brasil e em pleno alvorecer da Semana da arte Moderna, nascia a associação de Ciências e Letras que na presidência, de Nair de Teffé Hermes da Fonseca, anos trinta, passou a “Academia Petropolitana de Letras”.

     Hoje estamos a louvar Joaquim Heleodoro, Doutor d`Escragnolle e demais intelectuais que firmaram o termo de posse em memorável dia. 

    Trouxeram à luz o conhecido e consagrado Sodalício. Todos, tanto o Quadro Acadêmico, quanto sua Direção, ao longo desses 102 anos contribuiu diretamente para o sucesso deste Egrégio Colégio da Cultura e sem favor algum, desfruta de acústica internacional, por seus feitos.

    Petrópolis se orgulha de abrigar uma das mais antigas, ao que consta a mais antiga Academia de Letras em uma cidade brasileira, ostentando ainda o galardão de ter sido vanguardista em trazer para seu Quadro a intelectualidade feminina e, à presidência uma mulher pela vez primeira: falo de Nair de Teffé Hermes da Fonseca.

    Por isso, em meu nome e de meus Confrades, elevamos os pensamentos ao Criador em sinceros encômios a seu idealizador e a todos os que ao longo desses 102 anos vêm contribuindo para o engrandecimento dessa obra, preservando a cultura, suas raízes e mantendo viva a tradição e o amor que nos une desde o dia que nasceu  transformando o sonho em realidade.  

    Viva a A.P.L.!

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