• A maternidade

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  • 06/07/2018 11:54

    Amigos e irmãos, abençoadas sejam as almas que se dispõem a doar, a trazerem-se sob episódios de acréscimos de sentimentos, de luz e de compreensão! Todos os momentos, em que trazemos à lembrança a maternidade, nos revelam a alta sabedoria do Criador, essa alta sabedoria que nos coloca diante da perfeição que é o Ser espiritual, o Ser orgânico, o Ser matéria, o Ser fluídico, todos reunidos em um só, para que, a cada tempo, sobrevivam às suas mazelas e inferioridades, crescendo em direção à Luz mais ampla que nos envolve e nos mantém. 

    A maternidade é possibilitada em algumas vidas com objetivos de aprendizado, em propostas de reprodução, de aquisição de almas a serem tuteladas, de regeneração, de provas, de expiações, de compreensão e entendimento entre irmãos, possibilitando, assim, um maior crescimento. 

     Imaginemos o Criador em Suas premissas maiores a nos trazer a perfeição a cada tempo. Sim, a cada tempo, porque a perfeição ocorre, lentamente, vem projetando-se, articulando-se nos depósitos materiais e espirituais em que sobrevivemos, a fim de adquirirmos os diversos aprendizados nesta labuta entre mundos encarnatórios e os espirituais. 

    A maternidade preside sentimentos nobres, elevados e doações de todos os tipos. A maternidade, nos ajuda, amigos, a entender melhor a estrutura humana. Mas será ela o único caminho a nos moldar melhor em nossas sensibilidades? Talvez, irmãos, um dos caminhos mais doces e suaves, embora tortuoso porque exige muito mais de nós do que aquilo que detemos. Exigirá de nós doação ampla, redenção, dar sem esperar receber, exemplificar sem esperar que o nosso exemplo seja seguido.  

    A maternidade é uma das flutuações da alma a buscar obséquios maiores à nossa continuidade, pois ela nos molda, nos ajusta, amenizando as "texturas espirituais e humanas", fazendo com que nos sintamos mais suaves. 

    Outros caminhos existem que não a maternidade; caminhos mais difíceis e doridos, caminhos em que não nos permitirão levar as lembranças das mãozinhas pequenas nos tocarem, dos braços estendidos a nos buscarem, das pequenas palavras adocicadas ou mal formuladas que distendem, a fim de que possamos entendê-las. Tudo isso caminhará conosco a cada momento de desprendimento da matéria. 

    Não só a mulher vivenciará a maternidade, mas o companheiro que estiver ao seu lado, pois se houver sensibilidade suficiente, ele guardará, dentro de si, essas pequenas lembranças e mesmo que o tempo traga estes retratos esmaecidos alguma coisa ficará dentro dele, também, alguma coisa essa que significa carinho, amor, atenção e doação. 

    Existem muitos casos em que a maternidade e a paternidade não são exemplos vivos a serem observados em positividade, mas que também percorrem os objetivos que serão buscados, observados e realmente trazidos sob um processo de tristeza quando deles se afastam. Em todos os casos estamos aprendendo e exercitando. 

    Iluminemos, meus irmãos, a cada um de nós com o aspecto maternidade, paternidade, mesmo que não consigamos que saia de dentro de nós um ser latente, mesmo que não consigamos sentir os bracinhos ao nosso redor, mesmo que não consigamos ouvir os "tati-bi-tatis" iniciais. Conjuguemos com outras almas os nossos anseios, busquemos adotar, busquemos acompanhar, busquemos esta constância da amizade infantil e das brincadeiras infantis, das diversas etapas do crescimento de um ser, porque a alma ainda infante nos ilumina e nos ajuda a viver, trazendo os benefícios de uma oferta maior sem constrangimentos, sem limitações e a verdade, numa pureza e realeza de sentimentos. 

    Não nos importemos se a origem do ser partiu de nosso ventre ou não, porque se está ao nosso lado ou sob a nossa responsabilidade, devemos abraçar esta causa e dilatar nosso amor, doando-nos com os melhores sentimentos e procurando entender que algo, possivelmente, deixamos de fazer, de doar ou de compreender, por isto o Pai e a Espiritualidade nos deram, outra vez, uma nova oportunidade de atuação.

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