A malemolência de cada um
Alguns me consideram “criador de caso” pelo meu excesso de críticas como externei em recente crônica – “A tristeza da serpente” – o que talvez tenham razão por dar minhas opiniões mas, com um simples mas importante detalhe – sempre usando de comparações e colocando meu endereço no final de cada texto para que, quem divergir possa usar seus argumentos que, se me convencerem, terei a postura de corrigi-las mas não fazer como o cidadão que me contestou, denegriu-me mas sem apresentar qualquer argumento além das ofensas escritas – afinal, dizem que estamos numa democracia – ou não?
Assim, não concordo com a apatia da maioria que critica sem embasamento como agora no recente pronunciamento do gen. Mourão que a mídia caiu de pau em cima, classificando-o de “preconceituoso” quando eles é que demonstraram todo seu preconceito com os militares, como vem ocorrendo desde o fim do regime militar. Basta se observar como se transformam em cães raivosos ao se referirem aos militares.
A mídia – preconceituosamente – vem procurando denegrir a posição dos militares como se fossem “inimigos” do país – uma total inversão de valores, insuflados pela mídia, da mesma maneira feita, subliminarmente, pela ditadura Vargas – apesar deste ser tão reverenciado pelos esquerdistas, como fizeram, recentemente, Lula, Lindberg Faria, Ciro Gomes e outros tantos, pleonástica e hipocritamente – ao visitar o mausoléu de Vargas. E o povo, ignorante, troca os valores como carneiros, são conduzidos.
Mas a crítica ao povo feita pelo militar foi justa e oportuna, uma vez que Dorival Caymmi já classificava o povo de “malemolente” que assim se define: – “Um regionalismo que não consta em dicionário mas que pode ser empregado em vários sentidos, quando faz referência a quem é malandro, boêmio e aquele que faz uso de artimanhas para se esquivar de algo ou de alguém. É ser preguiçoso, não ter disposição para fazer algo. É aquele que sente moleza, indisposição ou uma calma excessiva”. – Será que Caetano que já classificou Noel Rosa de preconceituoso, daria o mesmo adjetivo para Caymmi ou será incoerente como o foi Gilberto Gil nesta semana?
Sou crítico com o comportamento das pessoas, mas com embasamento e não como agora em pauta o caso da legalização do aborto quando os pseudomoralistas, hipocritamente, se colocam contra usando como argumento o “direito à vida” se tal assunto deveria ser debatido somente entre as mulheres sem interferência de homens irresponsáveis e machistas já que elas são as únicas culpadas pelo fato, sem pesar o “direito a que vida”, como comentei em 13.12.17. – jrobertogullino@gmail.com